PSCR2546 [1760-1769]. Carta de Manuel Soares de Oliveira, escrevente, para a sua cunhada, Maria Rita da Conceição. Autor(es)
Manuel Soares de Oliveira
Destinatário(s)
Maria Rita da Conceição
Resumo
O autor pede à cunhada que fale com todos os seus irmãos e que, juntos, digam que a sua primeira mulher estava morta, já que teme ser baleado ou esfaqueado na prisão.
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A minha Irman a Sra Maria
Rita da Conceipção ge Deos
Na Rua da Sanzalla Re
Come Irman Sra Maria Rita da Conceição
Das grades de huã cadeia vos faço estas regras
com mais lagrimas que palavras espero vos sir
vão estas de sensitivo alem do sange que das veas
corre a cuza da minha prizão não posso dizer
por papel como pa la hei de hir então vos direi
do que so agora tracto he pedirvos que chegando
a vossa caza o portador desta trateis e estime
is asim como nos ia mais fazer a todos e vos costu
mais como qm sois com aquella grandeza que
custuma Ma Rita
Querovos noticiar parte da min
ha prizão com poucas palavras e sucintas porq
como ja estou morto não façais mais cazo deste
Irmão q tanto vos ama o Pe João Roiz me fes
prender com seus requerimtos por huns zellos aqui
basta ; e como elle he da Parahiba sabera o q obrei
agora amada e querida Irman da minha alma
pecovos tanto a vos como geralme a todos os mais
Irmaons a qm fareis presente a minha mizeria que
pello sange se compadeção de mim dirigindo todos
huã publica vos e fama que he morta a pra molher
dos diabos e asim serei solto , e alias me veran todos
com seus olhos padicer e hir por essa barra fora o q
não creio farão meus amados Irmaos do coração ,
voces com dizerem isto não ficão dezauthorizados
e me livrão de morrer , e isto han de de dizer geralmente a todos sem se
fiarem de pesoa alguã q asim comvem adverti bem no que digo e aDeos
athe me veres prezo que antes me viras morto passado de ballas ou de fa
cadas mostrai essa carta com segredo aos mais e rompeia logo que
asim comvem e vede não digão senão o que digo cadeia do Rio grde
Vosso Ir e Compe
Soares
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