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Maarten Janssen, 2014-
Resumo | O autor pede ao destinatário para apresentar satisfações públicas ao Padre Guardião do Convento de Santo António de Penafiel. Mostra-se esperançoso de não ter o desgosto de ver o seu pedido negado. |
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Autor(es) | José de São Miguel de Lobrigos |
Destinatário(s) | António de Poiares |
De | Portugal, Porto |
Para | Portugal, Porto, Penafiel |
Contexto | No libelo acusatório diz como autor o Promotor da Justiça (transcrição normalizada): "[…] devendo os réus ser exemplares e zelosos observantes não só dos deveres cristãos, morais e políticos, mas também dos que são prescritos pelo nosso Santo Instituto que abraçaram […] no dia 1 de junho do presente ano, que era a Dominga infra oitava do Corpo de Deus, pelas 9 horas da manhã, pouco mais ou menos, saíram impestuosamente de suas celas os réus Fr. José de Canelas e Fr. José de Fornelos, fazendo-se cabeça de motim, e começaram a chamar os outros réus colegiais, com grandes vozeiros, e batendo estrondosamente nos dormitórios, dizendo palavras sediciosas e ameaçadoras, de forma que aterraram a Comunidade […], ao estrondo daquelas vozes saíram logo de suas celas os outros réus colegiais, e, juntando-se aos primeiros, continuaram cada vez mais as ameaças […] que reputavam afrontados à Comunidade, escandalizando não só a esta, mas até os seculares que ali se achavam. […]. No mesmo dia, em auto de Comunidade do refeitório, sendo os mesmos réus repreendidos pelo prelado por causa daquele punível e escandaloso atentado, logo se levantou o réu Leitor Fr. António de Poiares e, sem respeito às leis da religião e sem pedir licença alguma, interrompeu o mesmo prelado, dizendo em altas vozes: que seus estudantes tinham feito muito bem no barulho que fizeram, que estavam entre Corcundas; e que daria as providências, e outras palavras não menos despropositadas, temerárias e sediciosas, tornando-se deste modo cúmplice, e mesmo autor principal, do referido motim dos réus seus discípulos que se presumem insinuados e induzidos por ele. […] O mesmo réu, Fr. António, costuma sempre andar com hábito de pano diverso do que as nossas leis permitem, aparecendo assim aos seus discípulos [e] faltava a outros deveres de mestre, desprezando a educação cristã e religiosa de seus discípulos, porque todas as tardes saía para fora, deixando-os andar de cela em cela a tocar instrumentos, e até a jogar cartas, com grave escândalo da Comunidade, não fazia as reparações do costume, e que são mandadas no seu plano de estudos, dava as suas lições da aula em segredo e nelas gastava muito pouco tempo [e] tem o costume de reservar para si esmolas de sermões que prega […]. Este mesmo réu, Fr. José de Ervedal, está «encostumado» a usar de armas defesas, o que mesmo nos seculares e pelas leis civis é crime atrocíssimo, pois que em sua cela se chegou a achar um estoque metido em uma bengala e uma faca de ponta aguda em uma bainha." Do processo constam duas cartas copiadas pelo escrivão António Caetano de Carvalho, escritas pelo Padre Ministro Provincial Frei José de São Miguel de Lobrigos ao principal réu, Frei Antonino de Poiares, leitor de Filosofia do Colégio de Santo António de Penafiel, pedindo-lhe que mudasse o seu colégio para o convento de Barcelos. |
Suporte | meia folha de papel dobrada escrita na primeira face, e com sobrescrito na última. |
Arquivo | Arquivo Nacional da Torre do Tombo |
Repository | Casa da Suplicação |
Fundo | Feitos Findos, Processos-Crime |
Cota arquivística | Letra A, Maço 2, Número 22, Caixa 6, Caderno [1] |
Fólios | 252r-253v |
Socio-Historical Keywords | Rita Marquilhas |
Transcrição | Cristina Albino |
Revisão principal | Cristina Albino |
Contextualização | Rita Marquilhas |
Modernização | Rita Marquilhas |
Data da transcrição | 2007 |
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