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CARDS6110

1818. Carta de Joaquim José Castiço, juiz ordinário, para Luís António Ribeiro de Novais, padre.

Autor(es) Joaquim José Castiço
Destinatário(s) Luís António Ribeiro de Novais            
De Portugal, Guarda, Monsanto
Para Portugal, Lisboa
Contexto

Joaquim de Paiva, na sequência de um processo de vingança, foi acusado dos delitos de resistência e motim. O caso começou quando o juiz ordinário da Vila de Monsanto, Joaquim José da Silva, e seu irmão, Filipe Joaquim da Silva, bem como António Joaquim Henriques de Paiva, mataram ou mandaram matar um touro que os lavradores da vila tinham comprado para cobrir as suas vacas e multiplicarem a criação do gado, com interesse geral do povo. Morto o touro, o juiz, como se dele fosse dono, repartiu a carne como bem entendeu. Os lavradores queixaram-se ao outro juiz da mesma vila, pedindo uma indemnização. Como reação, Joaquim José da Silva maquinou uma falsa certidão, queixando-se dos ditos lavradores, entre os quais, Joaquim de Paiva. Afirmou que os lavradores, armados de paus e com vozes amotinadoras, andavam pelas ruas aos empurrões e espancavam quem não queria segui-los, isto apesar de ninguém ter aparecido a queixar-se de ter sido agredido. A certidão seguiu para o juiz-de-fora de Penamacor, António José Monteiro de Seixas, que tomou conta do caso. Para suas testemunhas, Joaquim José da Silva e seu irmão terão subornado umas 'mulheres prostitutas', que não foram consideradas dignas de crédito por serem 'infames', bem como outras pessoas designadas de 'abjectas e dependentes do juiz'. Tudo isto o réu, Joaquim de Paiva conseguiu provar, pelo que foi absolvido. As acusações foram retiradas.

Suporte meia folha de papel dobrada, escrita nas duas primeiras faces e com sobrescrito na última
Arquivo Arquivo Nacional da Torre do Tombo
Repository Casa da Suplicação
Fundo Feitos Findos, Processos-Crime
Cota arquivística Letra J, Maço 224, Número 24, Caixa 590
Fólios 74r
Socio-Historical Keywords Rita Marquilhas
Transcrição Leonor Tavares
Revisão principal Rita Marquilhas
Contextualização Leonor Tavares
Modernização Rita Marquilhas
Anotação POS Clara Pinto, Catarina Carvalheiro
Data da transcrição2007

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Ao Illmo Snr Pe Luis Anto Ribro de na bais Ds Gde ms as por mao propia Lxa Monsto 31 de Maio de 1818 Illmo Sr Pe Luis Anto Ribro

Chegoume Como Jois hum requerimto do Illmo Sr Coregedor do Crime desa Corte pa a Justiça desta va remeter as culpas dos disgrasados a qm emputarao a falsa rezistençia feita a Justiça q por mais q me tenho emformado ainda não emcomterei qm me disese q tal crime fora feito asim a Justiças esta va nao tem nada cem as culpas por estarem na mão do Jois de fora de PenaMcor q foi qm tirou a devasa asim o Portador desta he Joaqm Paiva q vai dirigido pa o Limoeiro me dis o Pe José de oliveira q leva as culpas de todos os reos i Asim eLes estava esperando pelo seguro como o Pasarinho pelo Bicho pois o tal patife Felipes atacouos pa fim de serem prẽzos q tras 2 emcamadores pa este fim Asim se vier o seguro lhe pareser q venha dirigido a Meu Mano Pe Joze a Pedrogao pa este aqui o mandar emfim como va sa lhe pareser pois todos dezegevamos q estes desgrasados mosterasem a sua emnosençia asim fico em tudo excutamdo os preseitos de va sa e dezejandolhe todas as felesidades como qm he seu Ao mto deveras

Joaqm Joze Castiço

Legenda:

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