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Maarten Janssen, 2014-

PS2516

[1600]. Carta de de Vicente Borges, frade, para seu pai, Salvador Borges, barbeiro.

Autor(es) Vicente Borges      
Destinatário(s) Salvador Borges      
In English

Private letter from Vicente Borges, friar, to his father, Salvador Borges, barber.

The author tells his father that he had been arrested by two priests and has now no other choice but to stay where he is. He says he has been very sick and asks his father to deliver a letter to the provincial priest. He also sends recommendations to other family members.

This case concerns Vicente Borges, charged with the unlawful exercise of ecclesiastical functions. The defendant was born in Lisbon and claimed to have been a friar in a convent in Coimbra. He was arrested and accused of various crimes, including sodomy, robbery and extorsion, assuming various false names. He was later condemned to go to Angola, with seven years in the galleys, and was considered suspect of heresy and apostasy.

If there is no translation for the letter itself, you may copy the text (while using the view 'Standardization') and paste it to an automatic translator of your choice.

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A salvador borges barbeiro em Lixa a entrada da Rua dos escudeiros meu pai Etta da erra Snor pai e mai

Noso Snor de a Vosas merces mto boas saidas de festas quaresma E entradas de festas aquela saude e vida que todos os seus lhe dezejão desde o dia que de Vsms me apartei ate oje numca mais tive dia de saude, E a pouqua saude parese que não quis deus que eu fose pera onde hia e pois ele não quis seja ele lovado todas estas cousas. fico neste Convento da Erra E mui emfadado porque fico em atros e misero estado. a causa por que fico neste convento da Erra he porque me forão buscar dous frades ao caminho E foi malcinado asim que ja não tem Remedio senão aquele que o padre porvincial me quiser dar e que milhor for pera minha consolasão, E quietasão.

Com esta vai huã pera o padre porvincial o qual me a de VM fazer caridade de lha dar na sua mão, E pedirlhe não queira chegar comiguo ao cabo. E Comprir o que dise ao padre frei Paulo, E asim tambem que lhe não lembre o pasado E dandome esperansas de consolasão me aquietarei e procurarei proceder como frade. Eu fico mui desconsolado asim pelo estado em que fico como tambem por perder o meu saco os papeis que foi o dia em que os padres me forão a buscar, sẽ saber deles mas seja ds lovado, as pastilhas que maria de arenas me fes chegarão qua todas sans. E quanto ao que toqua aserca dos demais negocios não saiba ninguem nada E botese terra sobre tudo, fasame Caridade de mui deveras fallar o provincial, a minha mai me de VM mtos Recados que por ella estar consolada folguo de me aquietar aqui.

Ao padre provincial me fasa VM caridade de diser E pedirlhe VM de sua parte me queira consolar E não saiba Elle de VM nada senão que estive em quasa de escreva me VM de tudo o que la pasar,

a carta que vai esta pera o padre provincial me fasa VM caridade de lha dar e pedirlhe mto queira Responder porq logo na Reposta Verei se detrimina consolarme, E tenha VM cudado de aRecadar a Reposta,

escreva me VM se ha la novas do geral E quando a de vir não quero emfadar mais a VM A minha mai, E a minha Irmã muitos Recados, E a meu primo Palos borges o mesmo Nosso Sor Ett oJe Vespora de ramos e ontem sesta fra chegei a este Convento.

de seu filho frei Vte de Lxa

Esa Carta he minha que a escrevo ao padre provincial, tudo o demais perdi ou mo tomarão

padre me pedio pera huã mesinha huã pouqua de tanquia fasame caridade de ma mandar E não venha o portador sem ella


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