PSCR0052 [1588]. Carta de Leonor de Sousa para Isabel Mendes, sua irmã.
Resumo A autora escreve à sua irmã dando-lhe notícias do seu cativeiro.
Autor(es)
Leonor de Sousa
Destinatário(s)
Isabel Mendes
De
Portugal, Évora
Para
Portugal, Beja, Serpa
Contexto As duas cartas recebidas pela ré Isabel Mendes serviram para fundamentar a acusão de judaísmo feita pela inquisição de Évora. As cartas foram enviadas por Leonor de Sousa, mulher de Pero Mendes, seu irmão, também acusado do mesmo crime. Pelo conteúdo das cartas e pelo apurado nas sessões de interrogatório, ficou comprovado aos olhos dos inquisidores que Isabel Mendes era culpada.
Suporte
uma folha de papel dobrada, escrita na primeira face e com o sobrescrito na última.
Arquivo
Arquivo Nacional da Torre do Tombo
Repository
Tribunal do Santo Ofício
Fundo
Inquisição de Évora
Cota arquivística
Processo 3101
Fólios
[11]r-[12]v
Online Facsimile
não digitalizado
Transcrição
Tiago Machado de Castro
Revisão principal
Rita Marquilhas
Contextualização
Tiago Machado de Castro
Modernização
Clara Pinto
Data da transcrição 2016
Opções de representação
Texto : Transcrição Edição Variante Modernização - Mostrar : Cores Formatação <lb> Imagens - Etiquetas : POS detalhado Lemma Notas linguísticas
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a snõra minha irmã
Izabel mẽdes em
Serpa
snora irmã
hesta não he pa mais que fazerlhe saber como oje terca fra
me tirarão mynha pynitẽcia e meu tyo fernão d alveres fes por
mÿ mto que foy a lysboa e não se vey de la sẽ trazer o despacho
cõsygo e porq elle se vay cõ sua mulher me vou eu em
sua cõpanhia por não ficar so em evora não porq eu
não folgara muito de estar aqui ate se fazer o despacho
que me dyzẽ que sem falta sera ate sam joã asï tenho por novas
que seu irmão esta de saude ds seja louvado de tudo e sayra bẽ
cõ o favor de noso snor e de algũs snors que todos dezejão de o
foreser mto cõ a verdade emcomedomo mto em suas orasois eu
não poso deyxar de yr acudyr a meus fylhos e outras obrigasois
q tenho e levo lopo comigo fazẽdo cõta de o tornar a mãdar
a manoel frz me des mtas emcomedas e que aja esta por sua
e q lhe não escrevo por nao aver pa q somẽtes lhe dyga
de mynha parte que o q lhe pydy lhe não esqueca que e ir
o alguarve tãto que emtrar mayo e querera noso snor
per sua miziricordya q pa emtão sera ja seu irmão solto
e q fale cõ aquele omẽ que lhe dyse a snora sua tya me
emcomẽde mto e porque os dias pacados lhe escryvi
o que se paçava não tenho que dyzer mais senão fycar
rogãdo a jhu xpõ nos tenha de sua samta mão e cõtãto xpo
todos feita a cadeia
de evora oje quize de marco
de sua irmã
Lyanor de sousa
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