Menu principal
Powered by <TEI:TOK>
Maarten Janssen, 2014-
Resumo | O autor aconselha o amigo a confessar-se no tribunal do Santo Ofício. |
---|---|
Autor(es) | Costa |
Destinatário(s) | Manuel de Oliveira |
De | S.l. |
Para | Portugal, Santarém, São Julião |
Contexto | Processo relativo a Manuel de Oliveira, cristão-novo de 40 anos de idade, trabalhador, acusado de bigamia. Natural de Fráguas (termo de Alcanede) e morador em São Julião (Santarém), o réu era casado com Maria da Conceição, a qual se ausentou para Lisboa. Tornou assim a casar com Luísa da Encarnação, de 38 anos de idade, criada de José Marques da Silva (mercador), sendo ainda viva a primeira mulher. O réu terá casado segunda vez por, depois de ter pedido a João António de Oliveira, "o Pilatos" de alcunha, que averiguasse se a sua primeira mulher ainda estava viva em Lisboa, ter havido confusão com uma certidão de óbito autêntica passada em nome de alguém com o nome de Maria da Conceição no Hospital Real, o que levava a crer que a mulher do réu teria realmente morrido. O réu foi proclamado viúvo pelo prior Francisco de Barros Freire, e Francisco Marques Botelho realizou o segundo casamento. Com a primeira mulher, o réu teve dois filhos que morreram de pouca idade e uma filha chamada Antónia Teresa, casada com Manuel da Silva que, segundo o depoimento de Luísa da Encarnação, avisara que a sua mãe estava viva, mas isto depois de já se ter dado o segundo casamento. Em sua confissão, o réu disse que a primeira mulher fugiu porque, começando a ter alguns vícios, ele a castigava para a corrigir. Depois de um ano, a dita primeira mulher tornou a Santarém e viveram juntos até que ela adoeceu e, como não havia como a tratar em Santarém, foi levada para o Hospital Real de Lisboa. Logo que o réu teve notícia de que a sua mulher afinal ainda estava viva, deslocou-se a Lisboa e, constatando que era verdade, voltou a Santarém e lá deu parte do acontecido ao Prior de São Nicolau, o qual recomendou que se separasse da segunda mulher, como fez. Apesar de ter sido preso a 16 de junho de 1784, o réu foi absolvido. Ficou contudo proibido de fazer vida marital com a segunda mulher. |
Suporte | meia folha de papel escrita no rosto e no verso. |
Arquivo | Arquivo Nacional da Torre do Tombo |
Repository | Tribunal do Santo Ofício |
Fundo | Inquisição de Lisboa |
Cota arquivística | Processo 6249 |
Fólios | 60r-v |
Online Facsimile | http://digitarq.arquivos.pt/details?id=2306296 |
Transcrição | Leonor Tavares |
Revisão principal | Raïssa Gillier |
Contextualização | Leonor Tavares |
Modernização | Raïssa Gillier |
Anotação POS | Raïssa Gillier |
Data da transcrição | 2015 |
ganssa
ral
ficase
mor
guma
cumtos
mas
dade
nhecimto
dos
rem
Legenda: | Expanded • Unclear • Deleted • Added • Supplied |
Guardar XML • Download text • Representação em texto • Wordcloud • Representação em facsímile • Manuscript line view • Pageflow view • Visualização das frases