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Maarten Janssen, 2014-

PSCR1315

1606. Carta de Valério de Abrunhosa para Gastão de Abrunhosa.

ResumoO autor protesta por falta de notícias, do destinatário e de seu primo, Alexandre de Abrunhosa.
Autor(es) Valério de Abrunhosa
Destinatário(s) Gastão de Abrunhosa            
De Itália, Florença
Para Madrid
Contexto

Alexandre de Abrunhosa (TSO-IL, Processo 16992) e o seu primo Gastão de Abrunhosa (TSO-IL, Processo 13174), tal como outros membros da família de ambos, foram acusados de judaísmo em 1602. Alexandre de Abrunhosa, a sua irmã, Isabel de Abrunhosa, e a sua prima, Ana de Abrunhosa, viviam em Lisboa, na freguesia dos Mártires, onde se haviam refugiado para fugir à vaga de prisões feitas pela Inquisição em Serpa. Mesmo assim, foram presos em 1602. Seriam libertados em 1605, graças a um perdão concedido pelo papa, muito por causa das diligências que Gastão de Abrunhosa promoveu em Roma.

Gastão de Abrunhosa fugiu para Espanha em 1602, no seguimento da prisão dos seus primos. Nas cartas que de lá enviou a Nicolau Agostinho (PSCR1317 e PSCR1318), fica patente a sua intenção de se deslocar a Roma em busca de justiça.

Esta carta (PSCR1315) foi entregue à Inquisição, juntamente com outras três, por António Borges, que as encontrou num maço dirigido a Alexandre de Abrunhosa. António Borges fora buscar o maço a casa do correio-mor por lhe parecer que nele viria alguma carta que lhe dissesse respeito, como na verdade vinha, e encontrou outras cartas com palavras que achou suspeitas, resolvendo então entregá-las à Inquisição.

Suporte duas folhas de papel escritas numa só face.
Arquivo Arquivo Nacional da Torre do Tombo
Repository Tribunal do Santo Ofício
Fundo Inquisição de Lisboa
Cota arquivística Processo 16992
Fólios 74r-75v
Online Facsimile http://digitarq.arquivos.pt/details?id=2316995
Transcrição Maria Teresa Oliveira
Revisão principal Fernanda Pratas
Contextualização Tiago Machado de Castro
Modernização Fernanda Pratas
Data da transcrição2016

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A guastam dabrignosa que dios guarde. alla corte Madrid d flca a 10 d maro 1606

Vm se queixa q eu não escrevo e não passa correio q não leve carta minha ora porq não hai q escrever serei breve lhe dizer q tem jaa dous correios q não vi carta sua querera ds q seja ou por não querer ou por não aver que, q me cötento, tanto q tenha vm saude e os q lhe bem querem q não ficarei eu a menor parte, dias ha não vi carta de Alexre d abrinhosa nem sei o q determina se faz pensamto de se ir viver a esse reino de castella, q se ora la estivera deserto com sua casa se me offereçeo estes dias ocasiam de poder aver cartas de favor pa monsor Nunçio em espagna q pera ventura o favoreçera em algũa cousa porem não sei q me lhe fazer cousa q eu lhe aja dito nunca lhe pareçeo bem, o q ds dee Remedio a quem o ha mester, caa se diz dessas prizõis de grandes homẽs é cousa de grande conseguençia e consideraçam o sr ds os livre e lhes faça aministrar boa justiça, escrevi a vm açerca dos papeis seus q caa deixou, mandeme dizer se quer q lhos mande ahi a castella porq em lisboa os quererão leer e ver. o sr ds a guarde como deseja, mandeme dizer como esta o negosio e lite do sr gioam d abrignosa seu sdor valerio brignosa

da dona filippa dias ha não tenho carta, ouvi dizer q o marques santa cruz estava doente e mal e q por isso minha irmã não me escreve queira ds darlhe saude como sua casa ha mester


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