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Maarten Janssen, 2014-
Resumo | O autor pede ajuda ao destinatário quanto às acusações de que tem sido alvo, já que havia mulheres que iam confessar-se com ele e o acusavam de solicitação, defendendo-se o autor, afirmando que foi enganado por essas mulheres, dizendo que tudo foi obra do demónio. |
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Autor(es) | António das Chagas |
Destinatário(s) | António Ribeiro de Abreu |
De | Portugal, Évora, Borba, Paço de Borba |
Para | [Coimbra] |
Contexto | As cartas relativas a este caso encontram-se em dois livros dos Cadernos do Promotor da Inquisição do Coimbra, o Livro nº 348 (Caderno nº 51) e o Livro nº 353 (Caderno nº 56). Integram a denúncia de Mariana Josefa, criada de António Luís de Simões e que assistia na casa de António Luís Coelho Pereira da Silva, morador na sua quinta de Simões do concelho de Felgueiras. Mariana Josefa foi acusada de fazer pactos com o Demónio e de aliciar várias pessoas a fazê-lo também. As testemunhas vieram afirmar que o Demónio lhes aparecia sob o disfarce de um mancebo bem trajado, e, na companhia da denunciada, obrigava a fazer um escrito em que a pessoa prometia falar com o dito mancebo, de nome «Asmodeo», sem saber que este era o tal Demónio. Muito tempo depois, o mesmo Demónio reaparecia e obrigava as testemunhas a fazer muitos pactos, entre os quais havia sempre um de esquecimento para que a testemunha não se lembrasse do que tinha feito. Só através das confissões e comunhões que depois faziam na igreja é que se conseguiam começar a lembrar dos pactos e dos males que tinham feito. Muitas das pessoas ouvidas no caso disseram também ter tido «tratos ilícitos» com outras por virtude do mesmo encantamento. Eram ações durante as quais se tornavam invisíveis. No fim, esqueciam tudo. O réu deste processo é frei António das Chagas, acusado pela Inquisição de Lisboa por solicitação. Neste processo, surgem testemunhos escritos nos quais são descritos os momentos de confissão em que o padre tocava nas mãos das mulheres, achando elas que não haveria justificação para tal ação. Tendo uma posição privilegiada dentro da Inquisição, o padre escreve a um amigo para que veja o que pode ser feito, afirmando estar inocente, embora também afirmasse que sabia uma denúncia teria sempre de ser investigada pelo Santo Ofício. O destinatário entregou a carta à Inquisição. O autor dos sublinhados na carta supõe-se ser um anotador processual. |
Suporte | meia folha de papel não dobrada escrita no rosto. |
Arquivo | Arquivo Nacional da Torre do Tombo |
Repository | Tribunal do Santo Ofício |
Fundo | Inquisição de Lisboa |
Cota arquivística | Processo 837 |
Fólios | 20r |
Online Facsimile | http://digitarq.arquivos.pt/details?id=2300722 |
Socio-Historical Keywords | Mariana Gomes |
Transcrição | Mariana Gomes |
Contextualização | Mariana Gomes |
Modernização | Raïssa Gillier |
Anotação POS | Raïssa Gillier |
Data da transcrição | 2016 |
Page 20r |
lação
rão
mo
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nunciar
nismo