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Maarten Janssen, 2014-

Representação em facsímile

1821. Cópia de carta de Manuel José Lourenço da Fonseca para o tio José Fernandes, lavrador.

Autor(es)

Manuel José Lourenço da Fonseca      

Destinatário(s)

José Fernandes                        

Resumo

O autor manifesta o seu apoio ao tio relativamente à condenação dos padres que assassinaram o seu primo.
Page 260r > 260v

Meu estimado Thio Lisboa outo de Agosto de mil outocentos, e vinte, e hum De minha caza me participão este correio que Vocemece anda muito aflicto, com as amiaças, que lhe fazem os Padres, de que hão de ser senhores do que seu; porque Vocemece alem de perder o filho, que elles lhe matarão, ha de ficar sem o que tem; porque ha de ser condemnado. Meu Thio não se afelija, o tempo da Arbetrariadade ja não existe que importa, que elles provassem, o que quizerão, se as ttestemunhas da terra (são as que devem decedir porque se tracta de hum facto acontecido ali) Ousção as femias delles, ou criados casados com as mesmas femias delles, e as de fora não o sabem de facto, que são taes quaes o Mundo conhece. Não se asuste, produza Vocemece testemunhas de carater, contraditando as ttestemunhas delles, com ttestemunhas das mesmas terras, e deixe dizellas, que os Ministros, e Escrivans da Meza de Coimbra os trazem fichados na algibeira. Devo afirmar-lhe, se lhe não fizerem justiça o Soberano Congresso, está como todo Mundo sabe, com o braço alçado, sobre a preponderancia, e injustiça. Ficão em meu poder os Despachos, que o Vigario Geral de Coimbra lhe tem dado, os quaes me forão transmitidos pella minha familia, asim como são as coppias, se fossem os Orginais, elles avião de ser prezentados ao Soberano Congresso. na verdade athe onde pode chegar a maldade de hum Ministro, dizendo ser paixão em Vocemece, como



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