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Maarten Janssen, 2014-

Representação em facsímile

1820. Cópia de carta de Inácio José Brilhante, marchante, para o seu irmão João Brilhante, também marchante.

Autor(es)

Inácio José Brilhante      

Destinatário(s)

João Brilhante                        

Resumo

O autor garante ao destinatário que lhe cuidará de um cavalo e que tudo deve a ele e à restante família.
Page 45r

João: Santarem vinte e seis de Novembro de mil oitocentos e vinte: Receby a tua datada de dezoito, escripta de Coimbra, e por ella vejo que passas bem, o que muito estimo. Ora vejo que me rogas trate bem as Piquenas, e que lhi não disgostos, dito este que me tem cauzado espanto, por não poder saber o fundamento de tal dito, pois por mais que tenha imaginado não lhe posso dar a sahida, e me lembro ser dito de Criança, ou de quem tem falta de Conhecimentos, comtudo sou a dizerte que eu fui Criado, e vou existindo para sofrer tudo, mais me dizes que te não venda o Cavallo, e que se me for pezado o seu sustento que to mande dizer para mo remeteres, a isto sou a dizerte que mal me pode ser pezada esta Despeza, quando elle nada come, que meu seja, porque eu não tenho aqui mais do que o bocado que e os mais me estão dando, e a franqueza e Liberdade, que me dão de eu determinar a lidar com os seus bens e remedio como se fossem meus proprios, e por isso que jamais me pode ser pezado o sustento do ditto Cavallo, ou Cavallos, huma ves que os queirão conservar, pois eu com isso nada tenho porque hoje me concidero hum Executor do que me detreminarem, de que tenho a maior satisfação, a Jaleca quando ouver meios ta remeterei, e athe hoje o que se me offrece dizerte, conserva a saude que te dezejo, e sou teu, Irmão: Ignacio: NB Joaquim Ferreira, quer-me comprar as Cazas de Santa Cruz, dis-me o teu parecer, que o mesmo mando proguntar a Francisco, para lhe dar a resposta



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