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Maarten Janssen, 2014-

Representação em facsímile

[1630-1639]. Cópia de carta de Luís de Melo, advogado da Relação e da Casa da Suplicação de Lisboa, para Álvaro Pires Pacheco, padre.

Autor(es)

Luís de Melo      

Destinatário(s)

Álvaro Pires Pacheco                        

Resumo

O autor descreve o que passou quando esteve preso pela Inquisição, lamentando que se dê crédito a confissões voluntárias e pedindo ajuda para se livrar de penitências em Portugal.
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q nehua Lembranca me ficou daquelle acto por ser tal e tão medonho e rigurozo que priva a huma pessoa de seus sentidos: mas na q asento he q nehuã pecoa de negosio tenha sossobra de mi porq a nehuã offendi, sendo assi q computada a gente q refiro em q pus a boca foi muita

Duas irmãs mas q estiverão la somte mes e meio tenho por sem duvida q porião a boca em outras pecoas mas eu assi veja meu Pai com estes tristes olhos q dellas não tenho sabido couza alguma. e assim, digo V P que quem presumir de mi alguma couza me pon-ha as contraditas a mi e a ellas q lhe pareser ser q tudo o q ha tenho aqui relatado, e se in spesie me alembrara alguem o dicera.

quanto a dizerme V P q la ha rol, e q eu dicera mtas couzas a amigos e q dera liberdade pa se dizerem he falso, e mintirozo, e não pode aver tal no mundo porq o q ouve foi dizer por maior e geralmte que dera muitas pecoas e isto eu mesmo o digo aqui, mas q as specificara nem ha tal nem he prezumivel, porq eu temo e venero aquelles senhores, e eu so em suas auzensias nasi pa acreditar a pureza, a verdade e a santidade daquelle santo tribunal quada hum se fas assi o mal, porq aquelles senhores julgão pella verdade dos autos E procedem com extremos de mizericordia, E bigninidade, se bem he verdade q como Ds nosso sr lhes deu tanto talento, e o arbitrio de menistros tão doutos e graves e illustres, he tão largo pa regular o credito dos testimunhos



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