Representação em facsímile
1829. Carta não autógrafa de Domingos Antunes Araújo Brandão, cónego de Faro, para José Eduardo César, juiz de fora.
Autor(es)
Domingos Antunes Araújo Brandão
Destinatário(s)
José Eduardo César
Resumo
O autor, que tinha sido alvo de um roubo e do qual já havia sido parcialmente ressarcido, apresenta queixa ao juiz de fora, referindo que muitos outros bens ficaram por resgatar.
Illmo Sor Dor Juiz de Fora
Acho do meu dever partecipar a VSa
que o dinheiro do robo que me foi feito
e que judicialmente foi aprihendido
pelas sabias e activas providencias que
VSa deu me foi intregue, e com ifeito o recebi;
porem aviriguando miudamente o todo de
robo que se me fez, acho que secenta a setenta
moedas de quatro mil e oitocentos reis
cada huma que tinha guardo na minha
papeleira das mezadas de meu beneficio,
tambem forão robadas e não aparecerão
e nesta quantia me acho lezado; assim
como as doze peças de sette mil quinhentos
reis que eu declarei que tambem não apa
recerão, e os cordoins de ouro que tinha
empenhados de que era dono o Hortalão
Pedro Roiz Taveira, o qual poderá
de
clarar o seu valor, e mais faltarão todas
as otras peças de ouro que tambem de
clarei; achando agora a falta de humas fivelas
de prata de calção com xarneira