O autor ameaça o destinatário por ele ainda não ter entregado um dinheiro, exigido para livrar um preso da Cadeia do Limoeiro.
Esta serve de lhe pedir hum grande favor,
que he de
nos emprestar 30 moedas e de as mandar
entregar no limoeiro
na Prizão da salla fechada da
Cidade ao prêzo Joze Joaquim
de Moraes, desta
forma - Chegando á grade e pruguntando
por este nome
e entregarlhe este dinheiro embrolhado em
huma coisa q paressa
huma emcomenda e q seja em
Ouro ou em Papel, por
via q os mais prezos não persebam
o que he, e antes disto
que lhe prugunte ao Prezo entregando
desta forma que tempo ha
que elle escreveu a seu Irmão
elle ha de responder á mez e meio, e
respondendo isto que lhe
entregue, e menos disto que não entregue, que
isto he para
que não haja engano com
outro prêzo adevirto que
dinheiro he pa este nosso
amigo e camarada sahir
logo q o receba sai
sôlto, adevirto que este dinheiro
ha de pagar dia 30 do Mez de S João,
adevirto que
haja falta a esta entrega athe dia 25 deste Mez e
não já pode saber
que temos mt donde lhe fazermos mt
e
conte q não sahirá mais vezes nem a sua famillia
em carruagem nem
em Traquitana do seu Pallacio que
nos lhe seguiremos os paços ou encontro
porem nós esperamos que
não haja falta quando não, não se queixe do que lhe acontecer
Nós não entreganus este propriamte porque sômos conhecidos
o q crêmos he segredo e q não seja precizo
outro avizo
e qdo não o Diábo tomará toda a sua fama e quanto lhe
pertence á sua e nossa conta e conte q lhe
deitaremos
fôgo a tudo e á propria Vida e assim he que não ficara
Satesfeito, pois nós
temos o Adajudatorio que nos he precizo
e assim não queira que nós
rompamos n'este exceço