O autor escreve ao abade Diogo Brandão a informá-lo de assuntos da paróquia do destinatário. Informa-o também da visita do Conde de Castelo Melhor.
Nosso snor de a Vm tám boas festas Como deseja e lhe apmete
a vida por largos annos Com perfeita saude, e seja pera
seu sancto cervisso. eu a tenho seja elle mto Louvado, pera
Cervir a Vm em tudo qto me mandár. Estes frges estam de
satinados porq não desimão
os emxámes e me persegem
Cõ isso, e Como eu avisei a Vm sobre isso e me não Respondeo,
não me quis meter no q
Vm me não manda. ho snor Comde
de Castello milhor mandou diser q vinha ver esta from
teira, esta
festa da pasCoa, e por elle estámos esperando,
não sei o q será, porq ho mundo anda tál q da noite pa
pela manham se mudão os tempos, e votades, porem Cuido
q sem falta virá, porq esCreveo fossem buscár pol
vera, monissão,
e Corda, aviso a Vm do q passa, e não sei
o q será. Vm se detremine en hũa de duas Cousas,
q
hé arrendár, ou mandár vender este pám Logo, q já se busca,
e demais disso não hé asserto ter tanta Comfiança em Cousas
de tamto Risco e perigo, Como
Correm as q estám neste porto
desemparado e se ouver entrada, o q ds nunca permita,
he milhor ter a rrẽda serta na mão do
Rendro, ou de de
vedores a q Vm a mandar dár, q perderse per falta mais
dés, menos dés, e sendo minha fisera o
q digo. Se Vm não
aChár Rendro de seu gosto, mande ho homé q dís tem bõ
pa q
Logo a despache, e de Conta ha noite do q fiser de dia,
e se Vm dér o pám em presso aComodado, porventura
q se dara
pouCo fiado, q ho interesse de dés réis menos do q derem
os mais vesinhos, fás buscár o dinhro Logo, e fica Vm
esCuso
de arreCadassão, e mais qdo ella hé tam longa por este Comse