Lourenço Mourão escreve ao seu tio a denunciar umas curas que Catarina Margarida andou a fazer em sua mulher e criados.
Rmo
Snr
Anto Borges de
Fa e Souza
Meu Tyo, amo e
Snr do meu coração
Dzo a
vmce az mayores
felliçides, e fico
affectuoza
mte a sseu dispor,
Com grande reComendação açeitte vmce
a ma
saude, e hua vezitta de sua
sobra
Vou darlhe pte do mesmo Cazo
q meu
Ro
o P
Caeto de Souza lhe ha tãobem de dar.
Sucçedeo padeçer ma
mer
malles, e a
ma caza; e desconfiando foçe Mellefiçio Uvimos
noptca
de
q avia hũa mer no
Lugar das Carvas fra de Murça
o pe
de MasCanho
q aplicava remedios pa o
ttal mal, e que
mta gente a buscava, a coal
mer dizẽ ela he do
Alentejo
tem barba na Cara, ja esteve preza no
Sto offiçio por me
zinhar, e veyo com degredo
pa o Bispado de Miranda
que
diz o tem aCabado, e esteve nas Paredes o pe da
Sra de Saude
e preza ja em
va real, e
q queria deixar de Curar. veyo
de
Eyriz a esta Caza, e estava de pe com as maos erguidas
rezan
do mto e dezia se era, ou não
Malefiçio, e a qto tempo
se fizera, maz não
dezia qm e q a
responçava dezia boas
pallavras, e oraçois, e diz hua com os pez juntos, á
Sra da
graça, e se o
q se qr saber
hé, assim q se vira pa o
lado
direito, senão ao esquerdo o q
qr saber. e poem a cruz
do
Rozo e dis oraçois na gente
q pareçe boas. deita ago
a benta
renunçia o pacto, e dis aBrenuçio e q tivera com
hum