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Maarten Janssen, 2014-

Representação em facsímile

1794. Carta não autógrafa de Francesco Saverio Todi, compositor e violinista, para Dom João de Almeida de Melo e Castro, diplomata.

ResumoO autor pede ajuda para resolver um problema seu em relação ao banqueiro Laborde.
Autor(es) Francesco Saverio Todi
Destinatário(s) João de Almeida de Melo e Castro            
De Portugal, Lisboa
Para Inglaterra, Londres
Contexto

O autor era marido da cantora Luísa Todi. Numa das suas cartas (CARDS2200), acusou Jean-Joseph de Laborde, Marquês de Laborde, o banqueiro da corte de Luís XV (França), de não ter pago os juros devidos a Todi quando lhe entregou o seu dinheiro para um depósito a cinco por cento. A sua preocupação decorria também de esse banqueiro ter sido condenado à guilhotina por Louis Antoine Léon de Saint-Just, a 18 de abril de 1794, sentença executada no próprio dia na praça da Concórdia de Paris. Saverio Todi recorreu à ajuda do Conde das Galveias, que vivia em Londres nessa altura; na mesma cidade, encontrava-se o filho de Laborde, igualmente banqueiro e apoiante das casas de jogo do Palais Royal, Laborde de Méréville. Pai e filho apoiavam os projetos conhecidos em França como "Banda Negra", através dos quais um conjunto de especuladores se uniu para adquirir os bens vendidos a baixo preço na altura da Revolução Francesa. Não querendo deslocar-se a Londres por receio dos corsários franceses, Todi pediu ajuda a Melo e Castro para tentar reaver o seu dinheiro.

Suporte meia folha de papel dobrada escrita no rosto e no verso do primeiro fólio e no rosto do segundo.
Arquivo Arquivo Nacional da Torre do Tombo
Repository Arquivos de Família
Fundo Casa dos Condes das Galveias
Cota arquivística Maço 9, 3, Correspondência Geral, T-W, Todi
Fólios [1]r-[2]r
Transcrição Leonor Tavares
Revisão principal Rita Marquilhas
Contextualização Mariana Gomes
Modernização Sandra Antunes
Anotação POS Clara Pinto, Catarina Carvalheiro
Data da transcrição2010

Page [1]r > [1]v

Illmo e Exmo Snr D João de Almeida

Tomo a liberdade de por na prezensa de V Exa o motivo que me obriga de tomar a comfiansa de escrever a V Exa. O Exmo Snr Dom Dio-go Angeiga me animou a tomar esta ouzadia para pelo meio de V Exa poder haver hum pro-tetor para poder proteger a minha cauza a qual he, que tendo eu e minha molher dado a Mon-sieur Labord Banqueiro em Paris o meo dinheiro com o Juro de sinco por cento por anno e tendo o dito Labord a sette pa outo annos o dito dinheiro sem eu delle ter recebido hum real, sucede a Asemblea ter mandado glotinar o do Labord, Este Labord tem hum filho o qual tambem he Banqueiro e se acha em essa Capital de Londres este sabe muito bem todo este particular, e querendo eu hir a Londres para



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