Representação em facsímile
1642. Carta de Cristóvão Leitão de Abreu, ouvidor-geral, para [António de Faria Machado], conselheiro do Vice-Rei da Índia.
Autor(es)
Cristóvão Leitão de Abreu
Destinatário(s)
António de Faria Machado
Resumo
O autor conta a um membro do Santo Ofício, seu amigo, que está injustamente preso. Pede-lhe que verifique como as suas razões são verdadeiras.
Em dinheiro me so resta
rão.
em
santomes velhos - 552.
venezeanos - 080.
patacas - 340.
prata de servico - 420.
diamantes Lavrados - 059.
hũ bom anel de di
amantes q q
vale
ra em patacois - 400
dous aneis de Rubis
outros tres aneis bons de galantes pedras
mtas peças
de linho seda
e ouro tudo comprado
por meu dro
sete escravos
vinte espingardas
bacamartes Lancas
e
zagaias
tudo isto se repartio por
todos os offeciais do
eclesiastigo e dous escravos
tras comsigo o Vgro geral
de tudo
Mandou dar vinte
santomes a hũ negro que
me trouxe em hũ parro q
he hũ
infame barquinho assi
pa frete como pa comer todo
o inverno
q são nove meses
e assy se este capitão não fora
morrera a fome tardei no
cami
nho ate aqui sincoenta dias e
em vinte e
dous me não deu nada
o negro pa comer e me deixou estar
no mar ao sol chamasse este cachoro
manel botelho a quem eu requeria
da
pte do santo officio zombava e dava risadas q não conhecia imquisidores mais q o senhor
bispo V