Representação em facsímile
1631. Carta de Catarina Pinheiro e Francisca da Veiga para seu pai, Filipe Leitão, sentenciado pela Inquisição.
Autor(es)
Catarina Pinheiro
Francisca da Veiga
Destinatário(s)
Filipe Leitão
Resumo
As autoras mandam notícias ao pai, degredado, contando-lhe como a família está a sobreviver em Lisboa.
Meu pai i meu sor
primita noso
sor esta aChe a VM nesa
ilha
Cõ
todos os filises susesos q estas fas dezeja
õ
pa Cõsolasão nosa q mal pode ela
asistir in nos pois ha infinitos tenpos não
temos
visto Cartas nẽ novas nẽ pa esa
patria desta vão
navios seja ds mtas ve
zes lovado q asin he sirvido Cõ esta vão
Cartas
em q dou Cõta do q ha susidido
dipois da partida de VM i dipois de
as ter
feito Chegou mel ledo i troxe novas de me
us irmãos boas grasas a ds
Cõ hũa letra
de des mil reis q mal suprio a Cub
rirmos as Carnes dis mandavão hũ
Caixão d asuquar não ha novas deles
do q mi não admira por dizeren anda
ese mar Colhado
de inimigos nos fi
quamos nestes altos in Cõpanhia de m
inha tia q por vergonha do mundo
o fes
os baixos esão alugados a gen
te Cazada i onrada Cõtudo não deixe
de lhe agradeser minha tia mur
tifiquarse apartarse do seu amor pa
mor de nos de gaspar
pinheiro continu
a Cõ seu primor
Cõsolandonos q sobre
o Credito de VM nos ira dando
a porsa
ordinaria
queira ds não si enfade i antes q este Cheg
ue peso a VM pelas sinquo
Chagas de ds nos admita in sua Cõ
panhia pa alivio de tantos trabalhos que não temos
nisisida