O autor informa Maria Matilde de que está a tratar da sua emancipação da tutela do irmão.
Snra Maria Matilde da Costa e oliveira
Por efeito de humanidade, e pelo máo tratamento que lhe
davão segundo me dezia a
Libana, e por esta mesma me pe
dir me incombi tirar-lhe a Provizão de sua
Enmancipassão.
Mandei buscar as Certidoens nescessarias, e depois d ellas
chega
rem dice Vmce que sim dezejaria ficar com a Libana mas
que lhe custava dar esse disgosto a seu Manno e que por
hora
se não decedia por isto e por me lembrar
quaes podi
ão ser os rezultados, tencionei logo nada fazer, e fui
discul
pando-me com a Libana quando me procurava o estado do
negocio. No
fim de Junho procimo a mudarence soube sua cu
nhada o fim para que se tinhão
mandado buscar as certi
doens, quando nisso me falou fislhe ver que
Vmce não hera cul
pada, e tanto assim que se não estava já Enmancipada he
ra porque não
tinha querido, e que eu taobem o não hera
porque se me tinha metido nisso hera para satisfazer a Li
bana: apezar de
parecer estar convencida da verdade levou
depois a sua arguissão para diante
(arguissão que só com
total esquecimento da Moral Civil, e Christá podia
produzir)
isto com o fim de indispor a Libana para que a não quize
ce em
caza, julgando talvez que hera indispensavel o seu con
centimento, como porem
disse demais ella não acreditou,
foi então que
vendo-me injustamente acuzado, tratei de
alcansar a Provisão e a Libana soube isto: em Agosto estava
pronta faltando
só o estrahir a Centensa no que não
havia dificuldade alguma, neste tempo em
uma das ve
zes que a Libana me procurou pelo negocio dicelhe o esta
do em
que estava e notei que ella se calou, pelo que supus es
prava que eu lhe pedice,
porem eu que pensava Já mais
a sangue frio estimei ter aquella ocazião, e não
tratei de
mais nada. No dia em que a Libana foi para a trafaria