Resumo | O pede a sua libertação, dizendo-se inocente dos crimes de que é acusado. |
Autor(es) |
Tomé da Mota Barreto
|
Destinatário(s) |
Inquisição de Coimbra
|
De |
Portugal, Braga |
Para |
S.l. |
Contexto | Dentro do fundo do Tribunal do Santo Ofício existem as coleções de Cadernos do Promotor das inquisições de Lisboa, Évora e Coimbra. O seu âmbito é principalmente o da recolha de acusações de heresia. A partir de tais acusações, o promotor do Santo Ofício decidia proceder ou não a mais diligências, no sentido de mover processos a alguns dos acusados. Denúncias, confissões, cartas de comissários e familiares e instrução de processos são algumas das tipologias documentais que se podem encontrar nestes Cadernos. Quanto ao crime nefando e à solicitação, são culpas que não estão normalmente referidas nestes livros. |
Suporte
| meia folha de papel não dobrada, escrita em ambas as faces. |
Arquivo
| Arquivo Nacional da Torre do Tombo |
Repository
| Tribunal do Santo Ofício |
Fundo
| Inquisição de Coimbra, Cadernos do Promotor |
Cota arquivística
| Livro 352 |
Fólios
| 104r-v |
Transcrição
| Mariana Gomes |
Revisão principal
| Clara Pinto |
Modernização
| Clara Pinto |
Anotação POS
| POS automático |
Data da transcrição | 2007 |
Illmos; E
Rmos
Sors
Aos pêz de V
Illmas o Pe
Thome da Mo
tta Barretto, natural da Cide de
Braga, e prezo ho tem
po de dôus annos, sem haver commetido Culpa algũa
mais q tão somte por
assim ser vontade de seu Prelado:
q sendo padecido
mtas morteficações sem lhe darem
Livramto Como ja o
suppte a V
Illmas Reprezentou:
aggravou o
suppte
pa a Coroa de S
Magde donde, mostran
dose o
suppte sem a mais Leve culpa foy mandado
q fosse solto E aliviado de toda a culpa, e pena:
e por se
não dar Comprimto as Cartas
rogatorias q da Rella
ção do Porto se passarão
a favor do suppte se deu conta
a
S
Magde o qual por duas cartas suas mandou
q o ouvidor da
Cidade, notefiçasse ao Vigario geral
dessa, para
q dentro de vinte dias peremptorios
apare
cesse no seu Dezo do Passo a dar a Razão;
por q não
comprio as suas ordens: E
Como não foy, como era man
dado. Estâ para se tomar no Dezo do
Passo, neste
nego o assunto, e ultima resolucão
q for justiça: e Como
tambem vio o
ditto vigario geral q o
suppte tinha
mta
justiça, e razão, e
q não queria ceder o
suppte do seu
Dirto
para mais ser o
suppte vexado e opprimido
injustamte
e çeder do seu intentto
mandou de poder absoluto para
a enxovia onde Estâ ha 4 mezes, sem o
suppte haver
dado cauza para se
lhe estreytar a prizão.
E Sucedendo isto assim aos 26 do mez de outubro
do
anno proximo passado; estando o suppte
hũa tarde rezando
o offiçio Divino. Chegarão ao
do Aljube. o Meyrinho geral
Faustino
Ribro; e o Agente da Mitra Manoel
Pra
e o Aljubeyro
Anto da Costa,
pa Lançarem o
suppte a enxovia
sem haver cauza
pa semelhante eXcesso e
perguntando
lhe o suppte pella ordem,
responderão q lha não querião mos
trar;
chegarão Logo no
suppte â força e o arrastarão
pello
cham Com Breviario nas mãos: e vendose o
suppte
tão vexado Começou a cclamar
a voX de El Rey, para
onde tinha recorrido, e pello sancto. officio,
q lhe Valesse,
q
o querião fazer arrenegar,
est do demonio, sendo
o
suppte hum sacerdote
mto Catholico, E
mto amigo de
Deos,
q protesta morrer, e viver na sancta fe
catholica