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Maarten Janssen, 2014-

Representação em facsímile

1822. Carta de António Francisco de Paula de Holanda Cavalcanti de Albuquerque para um conjunto de oficiais revoltosos.

ResumoO autor responde e garante aos destinatários que se vai encarregar de uma participação ativa na contestação ao governo de Macau e às suas medidas em relação ao exército.
Autor(es) António Francisco de Paula de Holanda Cavalcanti de Albuquerque
Destinatário(s) Anónimo574            
De Macau
Para
Contexto

No contexto das lutas liberais, Emílio Manuel Moreira de Figueiredo, tenente-coronel de infantaria colocado em Macau, foi acusado, juntamente com os outros oficiais do seu batalhão, de insubordinação contra o Governo, pelo que lhe foi movido um processo. O major do mesmo batalhão aceitou por carta, em resposta a uma carta de convite, juntar-se à causa dos restantes oficiais.

O episódio em que este processo e esta correspondência se integra está assim relatado na Gazeta de Macao, 17.1.2014, em artigo da autoria de José Simões Morais: «A 3 de Janeiro de 1824 apareceu o semanário Gazeta de Macao, jornal que substituiu A Abelha da China, cujo último número, LXVII (67), saiu com a data de 27 de Dezembro de 1823, o dia seguinte à chegada a Macau do Conselheiro Miguel de Arriaga Brum da Silveira. Tudo tinha começado a 19 de Agosto de 1822, quando numa assembleia geral reunida no Senado se procedeu à eleição por sufrágio popular dos novos membros da Câmara e em Macau se instalou um governo constitucional, presidido pelo chefe dos liberais, o major vereador Paulino da Silva Barbosa. As antigas autoridades de Macau revoltaram-se contra o novo governo e por duas vezes tentaram-no derrubar, mas ambas as tentativas fracassaram. Na primeira, a 13 de Setembro de 1822, após ser descoberta a conspiração contra o Governo liberal do major Barbosa e sendo o Conselheiro Arriaga acusado da sua autoria, foi este preso das 7 para as 8 horas da noite do dia 15 Setembro e encarcerado na Fortaleza do Monte. Quando após a segunda abortada tentativa, em 15 de Novembro de 1822, os revoltosos foram presos, o Conselho decidiu mandar para Goa os militares implicados e o Governador militar, José Osório de Castro Cabral e Albuquerque, considerado um dos principais conspiradores, seguir para Lisboa, conjuntamente com o Conselheiro Arriaga. Mas, quando a 25 de Março de 1823 embarcava, Arriaga conseguiu escapar do barco e seguiu numa embarcação para Whampoa (em mandarim Huangpu), porto junto a Cantão.»

Fonte: http://macauantigo.blogspot.pt/2014/11/gazeta-de-macao.html

Arquivo Arquivo Nacional da Torre do Tombo
Repository Casa da Suplicação
Fundo Feitos Findos, Processos-Crime
Cota arquivística Letra E, Maço 3, Número 2, Caixa 7, Apenso 15
Fólios 5r-v
Socio-Historical Keywords Rita Marquilhas
Transcrição José Pedro Ferreira
Revisão principal Rita Marquilhas
Contextualização Tiago Machado de Castro
Modernização Rita Marquilhas
Data da transcrição2007

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Meus Honrados e Briosos Camaradas

Acabo de receber a carta de VSas em que me convidão a fazer causa comum na recuperação dos direitos menos-cabados da Officialidade do nosso Batalhão. Este convite me he tanto mais lisongeiro quanto corresponde ao conceito que sempre fis de que não erão ainda extinctos os sentimentos de brio na corporação do Bam Mas seja-me permittido lembrar a VSas que o requerimento que acompanhou a carta he hum objecto acessorio, e que representaçoens mais eficases e de muito maior ponderação tem esta coporação a faser. A nomeação arbitraria, em que se introdusio a Governança, de hum chefe para este Batalhão he hüa accão que em tempo mmo do despotismo, jamais os Officiaes da Corporação deixarão de reclamar. Esta he a primeira representação em que esta corporação deve insistir; e ja que ella me pede a minha cooperação, eu



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