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Maarten Janssen, 2014-

Representação em facsímile

1542. Carta de António Fernandes, mercador, para Francisco Mendes, doutor.

ResumoO autor avisa que está a ser difícil escoar o azeite que o destinatário lhe mandou para vender. A razão tem a ver com a falta de qualidade do azeite.
Autor(es) António Fernandes
Destinatário(s) Francisco Mendes            
De Flandres, Antuérpia
Para Portugal, Lisboa
Contexto

O mesmo maço inclui outras cartas vindas na mesma altura da Flandres, em que se discutem diversos aspetos do comércio que passava por aquela feitoria. Do mesmo conjunto podem extrair-se diversos nomes de intervenientes, seja dos autores sediados no norte da Europa, seja dos seus destinatários, espalhados por diversas praças portuguesas. Entre estas praças está, naturalmente, Lisboa, mas também Tavira, Faro e Funchal. Entre as mercadorias mencionadas estão: azeite, lãs, trigo e espadas. Também se discutem questões de câmbios, o impacto no mercado da escassez ou fartura de certas mercadorias, dívidas comerciais e até assuntos familiares.

Esta carta integra a coleção Corpo Cronológico, fundo documental à guarda do Arquivo Nacional da Torre do Tombo. Trata-se de uma coleção principalmente composta por documentação de cariz judicial e administrativo, que abarca o período entre 1161 e 1696, à qual foi acrescentado um vasto conjunto de material disperso na sequência do terramoto de 1755. A datação dos documentos é critério principal de organização do corpo Cronológico, assim chamado pela mesma razão.

Suporte meia folha de papel escrita no rosto e com sobrescrito no verso.
Arquivo Arquivo Nacional da Torre do Tombo
Repository Corpo Cronológico
Fundo Parte I
Cota arquivística Maço 72, Documento 14
Fólios [1]r-[1]v
Online Facsimile http://digitarq.arquivos.pt/details?id=3776646
Socio-Historical Keywords Tiago Machado de Castro
Transcrição Tiago Machado de Castro
Revisão principal Rita Marquilhas
Contextualização Tiago Machado de Castro
Modernização Clara Pinto
Data da transcrição2016

Page [1]r

1542 em ẽves a 26 de mayo sor

lhe Respomdi ate oje cuidãdo de ho fazer ha Reposta dos seus azeites serẽ vẽdidos ho qll se trabalhou asaz nyso e foy por demais porq veyo tamta soma como nũca se tẽ visto nesta trã de sorte q foy nesesro de hos mãdar logar homde estã outa soma de meu irmã e porq homẽ de mtas palavras digo q vm pode crer como cre ds q niso farey como se meus fosẽ e dizer lhe sera com vdade ha mester porq eu estou aqui pa fazer Rezã e vdade a vm a quẽ tenho mill obrigaçois por mill Respeytos q ha mester dizer senã ao mais estranho do mũdo porq pouqo nos bastara quãdo acabarmos a jornada e sempre sobra a ds gracas asy sor que digo q em cousas de mor sustamcia e de sua homRa me querya ẽpregar polo povir e nesta como digo fazer meu melhor. E quãto ao q vm diz mãdou cõprar 10 ou 12 toneis pa os mãdar qua digo q vm hos mãde e se os tiV cõprado tenhamos la porq valẽ qua sall nẽ agoa e polo proveito q eu digo poso tirar quero eu ẽganar nhũ q mãde sua fzda Mcada que Pda dinho porque mais symto ho q Pdẽ meus amigos e sores q que fose meu portamto vm faça comta este ano de mãdar qua nhũ mormte tall como este q he do novo deste ano e valle nada nẽ he milhor q graxo ãtes se fora graxo se vemdera logo a 12 lhx e por este querẽ dar nada poq nẽ he graxo nẽ he pa comer cõtodo farey meu milhor e niste caso este vm descansado e ao sor seu Pmo fernã guterez beyjo mill vezes as maos por dizer ho q ha mỹ porẽ eu lho mereço e basta de novo ha cousa de q lhe dar comta somte Rogar a noso sor sua nobre pesoa guarde e prospere como deseja

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