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Maarten Janssen, 2014-

Representação em facsímile

1767. Carta de Rodrigo de Noronha Henriques de Castro e Vasconcelos para João António de Sequeira, capitão.

ResumoO autor pede ajuda ao destinatário para fazer o rol de herdades do pai e envia recados do mesmo quanto a negócios envolvendo a compra de porcos e de queijos.
Autor(es) Rodrigo de Noronha Henriques de Castro e Vasconcelos
Destinatário(s) João António de Sequeira            
De Portugal, Lisboa
Para S.l.
Contexto

Após a revolução Setembrista e a subsequente reforma do ensino, o estado liberal centralizou o ensino artístico juntando artistas das Belas Artes e artistas das Artes Fabris. A criação da Academia Nacional de Belas Artes de Lisboa surgiu nesse contexto: foi criada a 23 de outubro de 1836 e inaugurada em 1837. Funcionou, desde então, no extinto Convento de São Francisco, onde dispunha também de uma biblioteca com milhares de volumes. Ao longo dos anos, a Academia foi sofrendo algumas alterações, mas manteve sempre um forte pendor cultural, pedagógico e honorífico. Das atividades da Academia constam não só a formação de novos artistas como a atribuição de prémios e bolsas de estudo e a publicação de obras de grande interesse como Os Primitivos Portugueses e O Manuelino de Reinaldo dos Santos ou a revista Belas Artes.

A documentação pertencente a este fundo diz respeito, na sua maioria, a aquisições feitas pela instituição ou documentação relativa ao próprio funcionamento da mesma. No entanto, as cartas particulares recolhidas fazem parte de uma documentação cedida à instituição a 13 de junho de 1902 por António Tomás Pires (1850-1913), etnógrafo, escritor, secretário municipal de Elvas, investigador e delegado correspondente da comissão dos Monumentos Nacionais muito interessado nas tradições populares portuguesas. O acervo é composto por documentação de vários séculos (século XVI a século XIX) e reúne documentos recebidos pelos vogais da instituição e enviados ao presidente da Comissão Executiva do Conselho Superior dos Monumentos Nacionais, entre os quais cartas familiares e privadas.

Sobre o autor desta carta, há documentação adicional na Torre do Tombo: «1754, Julho 27, D. José I emite provisão de confirmação do aforamento que fez D. Rodrigo de Noronha Henriques de Castro e Vasconcelos a D. Francisco d’Eça Henriques da Veiga de umas casas e terras sitas na Osseira, termo de Óbidos. (IAN/TT, Chancelaria de D. José I, liv. 45, fl. 342)». Fonte: INVENTÁRIO DOS NÚCLEOS DOCUMENTAIS E DO ACERVO BIBLIOGRÁFICO REFERENTES A ÓBIDOS. Documento online: www.rede.cm-obidos.pt/

Suporte meia folha de papel dobrada escrita em todas as faces; carimbo da Biblioteca da Academia Nacional de Belas-Artes.
Arquivo Arquivo Nacional da Torre do Tombo
Repository Documentos Oferecidos
Fundo ANBA
Cota arquivística Documento 148
Fólios 399r[a]-399v[b]
Online Facsimile http://digitarq.arquivos.pt/details?id=4612220
Socio-Historical Keywords Mariana Gomes
Transcrição Mariana Gomes
Revisão principal Raïssa Gillier
Contextualização Leonor Tavares
Modernização Raïssa Gillier
Anotação POS Raïssa Gillier
Data da transcrição2016

Page 399r[b] > 399v[a]

Sro Joao Anto de Seqra

Depois de responder plo almocreve q levou as canastrinhas recebi a sua re-tardada. Quero passe mto bem, e qto lhe respeita: fico promptmo pa em tudo o servir.

Na do Almocreve dizia q a nova escrittura por satisfação ás impertinas de meu Pay meu sro não mudava a qualide do ajuste, porq em explicação dentro della se havia incluir nos seus annos o passado de 1766 as, e q assim não pode haver contempla-ção de premio: isto sey ha de agradar a Vmce pla subsiste verde com q quer tudo.

Dezia q ao do sro não agradesia o ver quaze tudo por cobrar, e q estando as contas como abonadas com esta dependencia o não contentaria, porq sey me disse em algũas occaziois q nunca a cobrança fizera por sua conta; e ali, e em Evora cide, e termo sempre o observara. Não lhe mandey a carta por isto, e qto mais sem nova determinação de vmce, ignorando seja lhe falla nas contas.

Dizia tãobem q seria bom mandarme dizer qto custarão os dois porcos grandes quanto os dois piquenos pa se criarem, quanto os onze marranos, pois enten-do, q a outra cabeça pa a duzia foy a q pr ca veyo; e se então foy a duzia compradas forã dos dos dois porcos grandes, e dois piquenos, então vem a ser treze com a q pr veyo, o q dezo saber.

Tãobem dizia me mandasse dizer quantos porcos, e marranos forão de pitan-ca. E qto dis perdeu com tudo pa a Roliça, e com o conductor de hida, e vinda.

Tãobem dizia me mandasse dizer qto custarão os queijos comprados o anno pas-sado, q creyo forão duas duzias, e tãobem em q importou o seu carreto, porqto me parece q a serem as das duas duzias, Vmce se prejudica na parcella em q diz importarão com o transporte em 2880 reis.

Tãobem dizia q era bem mandarme dizer de q obras erão os 11061 da parcella das obras. E dizia q com estas expressoes e resposta de Vmce faria hũa conta com boa divisão e ordem não desagradavel a todos.

Dizia



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