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1753. Carta de Elzeário de Nossa Senhora do Patrocínio, frade da Ordem Terceira de São Francisco, para Manuel do Cenáculo, lente de Teologia.
Autor(es)
Elzeário de Nossa Senhora do Patrocínio
Destinatario(s)
Manuel do Cenáculo
Resumen
O autor garante ao destinatário que não está conjurado com os frades que acusaram frei António de S. José e que, pelo contrário, pretende testemunhar em favor dele.
J M J
Meu Mto Rdo P M
Com sumo gosto recebi hoje a letras de VP
indicio certo da sua saude q tanto estimo, como
dezo pa q VP tenha festas felicissimas asim es
pirituais como temporaes como o meu affecto lhe
deseja e como neste mundo não há gosto perfeito
não quiz a ma fortuna q eu o tivese completo pois
vejo na carta de VP huma certa disconfiança de
couza mto alheia do meu brio e criação pois como
esta foi de gente as acçoens o não handem ser menos
qto mais q se eu mi quizese vingar do Me dos No
viços não me evitava ajuntar-me com semilhantes
rediculos nem sevandijos como o são os conjurados
para lhe fazerem mal. porq ahinda ha arochos pa
lhe deitar os braços abacho no cazo q eu lhe quizese
fazer mal. huma das maiores provas, q o Me dos No
viços tem pa a sua inocencia e mostrar q tudo hé
odio, e raiva sou eu a qm elles convidarão pa esta
diabrura de q os descompus e mais ao cabesa de motim
q he o grande Expectação filhote por redadeiro toma
ra eu q já o Me dos Nos dese as suas testemunhas