O autor dá ao destinatário notícias sobre o que se passa na sua vila e sobre o decorrer da devassa que o arcebispo de Évora lançara contra ele.
Sor Dor Do da silva de gouveia e abreu
Sor Meu desta notisia de vmce fasso aquella esti-
masão q devo prinsipalmte quando me sacriti-
fica de q logra aquella saude q lhe sei dezejar
q Ds continue a vmce e comserve por dilatadissimos
annos, eu pa o q vmce me ordenar fico mto certo
e bem disposto.
Meu sor não foi piqueno o
gosto q me asistio da boa notisia de q vmce
me fes onra dar sobre o bom susesso do seu ne-
gosio pois não era piqueno o cudado q me a
sistia sobre o praticular pellas mto mas novas
q estes falsarios mostravão dando a cada hũa
istante q bem nos mostram en tudo ser falsos
e vmce so saber falar verdade ao q Ds não
falta a quem se guia por similhante caminho
o sor Arsebispo de evora nos fes mce 6fra
q se contarão 8 de 8bro a mandarmos tirar o
entridito ao q me diserão fora por emtresesão
das religiozas desta va q se empinharão com o
bispo a pratida pa q fizese com o Arsebispo
a q lho mandase alevantar ao q dizem Alguns
santos padres q era emquanto vmce não viese
porq vindo pa a terra se avia de tornar
a por ao q eu lhes respondi q vmce não era
tollo q qua viese sem vir mto corrente
e disto se quexavão tanto o bispo como os seos
ofissiais porq se não levantavão os do povo