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Maarten Janssen, 2014-

Representação em facsímile

1619. Carta de Álvaro Correia, criado, para o licenciado Clemente Félix.

Autor(es)

Álvaro Correia      

Destinatário(s)

Clemente Félix                        

Resumo

O autor explica a sua conduta protestando junto do destinatário pelas perseguições que tem sofrido.
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Eu ande aqui tão bom partido me podem fazer q ou pera anguola ou outra qualquer parte va que muita vontade tenho de andar em lisboa con fazer e se me prẽderem juro a esta que me não ha de pezar e mais que não hao de soltar outra ves e folgara de saber que niso lhe faso em andar aqui pois lhe não paso pella porta q ha dous mezes que aqui estou so hũa ves fui a ribeira sem oulla pera as paredes e pezame muito de ter cõdisão pa sofrer q me tirẽ hum olho por fazer tirar dous e asim não tem que cansar pa comiguo prendãome emforquẽme q hanimo tenho pa tudo que quoanto sairme de lisboa não ho ei de fazer se não fizerẽ o que diguo mas lembro a VM q ha de pezar muito a eses senhores atentarẽ a me empedir lisboa se não se for por esta via e se qualquer deles qzer falar comiguo digua aonde i eu lhe darey o que dantes me pedião Vs Ms que eu não quero nada de pesoa algũa desas cazas e se me quizerẽ buscar pa me matarẽ ou prenderme eu ando pla sidade e ei de tirar o meu seguro antão mas que me matem e torno a dizer a VM q ei de andar em lisboa ate q lhe acõtesa dezastre acontesẽdo outro a mim que como eu estou desfavorescido de meus parẽtes pera mor destes sres avinturado estou a tudo e o tempo lhe dou o sor gde muitos annos oje sabado 9 de novro

Servidor de VM Alvaro Correa

e querendome prẽder o sor mel frz tinoco eu o ei de mandar sitar pa dizer se quer algũa couza de mim e ahi me tem seguro e ficarei loguo la no limueiro



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