Representação em facsímile
1680. Carta de Manuel Borges da Silva para Manuel da Silva Pereira.
Autor(es)
Manuel Borges da Silva
Destinatário(s)
Manuel da Silva Pereira
Resumo
O autor dá notícias sobre diversos acontecimentos, factos para os quais pede ao destinatário o máximo silêncio. A primeira parte da carta é dedicada à situação da casa do senhor Mendo Fóios, onde se encontra um mordomo-correeiro pouco sério.
havião sido por me parecer
q esta enfermidade não fose
tão larga, e porq me achava
em comvalesensa em a qual
me hera neçessario fazer mais
gasto lhe pedia me mandase
asistir da cozinha pa ajuda
de convaleser. Respondeo
q me desem tudo o q
me fose ne
cessario: esta suplica lhe
fiz porq me diserão q estava
enfadado comigo por eu não
haver querido açeitar
o q me
mandava dar, por e eu por
saber se era asim, e se per
sestia no mesmo emfado lhe
fiz
fiz esta suplica para q
em cazo q eu não me manda
se dar nada me mudar de
caza, porq
não era rezão q
eu estivese aqui comendo a
minha custa, e com sua reposta
fiquei sosegado, e me deixei
ficar.
Sem embargo
q eu em
o papel q lhe escrevi dava
aquela disculpa porq não havia aseitado, não
era aquela a cauza. a cau
za era, porq aseitando eu a primeira vez a comida q mandava dar, vi
q o picaro
do corrieiro q he o q governa, me mandou ao jantar meijo a
Ratel de carneiro sem mais
pam, e a noite não mandou de sear couza
nenhua, como vi isto ao outro dia vindome perguntar q queria ian
tar, e isto as duas horas
depois de meio dia, lhe Respondi q nada, elle
gostou mto e não me mandou couza nenhua mais, nem entrou mais
a verme sendo q o sor Mendo foyos me veio a ver sinco vezes o