Representação em facsímile
1779. Carta de Maria Helena Mexia Galvão de Sousa, recolhida num convento, para Sebastião Luís da Silveira, padre.
Autor(es)
Maria Helena Mexia Galvão de Sousa
Destinatário(s)
Sebastião Luís da Silveira
Resumo
A autora diz ao destinatário que tem confiança nele e também que é procuradora do irmão Gaspar relativamente à herança, pensando utilizar estes poderes legais e o dinheiro dele para o libertar da cadeia.
Levado tais diterios, q iso é o q mais Cinto, ver q o ser
me fiel sem interesses, a Utilide é dezatenderem-
no, mas tudo fás ser mais Crecida a mia obrigam
Agora porem dezemganada q de sorte algüa se vê
ce o genio de Lço e q tem Gaspar não só prezo mas
maltratado Como me ficou Procam sua pa cui
dar no q lhe tocava, como me não tenho uthelizado
agora me qro servir dela pa o fim de Sua Soltu
ra pois Cei q está enocente, e maltratado, e Co
mo querendo aCentar prassa Lço nunca o concentio
julgo agora é boa oCazião pois cinco mezes de pri
zão é baste Cendo a Culpa não dár Licenssa pa á
venda da eranssa, e se ele a de andar roto e nececita
do em Caza por seu Iro lhe Comer o q é seu dessa
mesma sorte sirva S Magde visto Lço não cuidar
em acomodalo, mas Como pa tudo isto se perciza de qm
delegencei, vendome no dezampo de não ter niguem
me valho de vmce Comfiando o bom efeito pois cei
Gaspar lhe tem devida compaixão e é digno dela, po
is tem Levado taes Crueldes ao Iro q se fazem in
criveis, teve a Lembça de dizer, ele quizera matar a to
dos com pessonha, qdo eu informandome sube q o Preto
José se tinha queixado do Cobre não estar estanhado
e tanto q o foi cessou o veneno, e qm aproveita este so
cesso pa fazer ao seu cazo, q casta de conduta tem?
e como o seu destino é polo na india, porq dis unido co
migo teria mtas demandas, sempre receyo nã fassa al