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Maarten Janssen, 2014-

Representação em facsímile

1713. Carta de Manuel Mendes Cunha, homem de negócios, para o seu tio, Manuel Mendes Monforte, médico.

Autor(es)

Manuel Mendes Cunha      

Destinatário(s)

Manuel Mendes Monforte                        

Resumo

O autor dá notícias suas e das dificuldades financeiras da sua família e dos seus negócios, notifica-o da partida de um primo seu, Duarte Mendes Ribeiro, para a Bahia, e da chegada de uma sua irmã, Juliana Maria, que estivera presa pela Inquisição. Justifica ainda um pagamento atrasado, agradece as mercês que ele e sua mulher têm feito à sua família e acrescenta que não será necessário fazer partilhas por morte da sua mãe, pois os bens que ela deixou não chegam sequer para pagar as suas dívidas.
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que asistir eu nesta corte, bem deve Vmce ter conhesido pellas mais ocazionz, que nunca perdi nenhuma de dar a Vmce novaz minhaz e pedirlhe mas contenuase de sua saude que esta estimarei grandemte logre Vmce livre das molestias e queixaz com que me aviza ficava, e não menoz ma sra thia a Sra Ma Ayrez da Pina, em qm suas sobrinhaz saudozamte se rrecomendão com mil saudadez, fazendo o propio em meus queridoz Primoz, e da pte de ma Irmam Juliana Ma dara Vmce a da sra oz agradesimtoz da esmolla que lhe fez, que bem sabia sua mce que qm como ella sahia de tão grandes trabalhoz, tudo lhe era nesesario, e Dz nosso sro lhe dara o pago, pellaz mcez e favores que continuamte noz fazem, e todoz nos estamoz resebemdo. he qto se me ofrese, se me lenbrar mais algua couza direi em carta a pte fico pedindo a Dz que gde a Vmce ms anns como lhe dezo.

Sobro de Vmce o mais amte q mais a Vmce estima e venera Mel Mendez Cunha

ezquesiame dizer a Vmce que era ezcuzada a recomendasão que Vmce me faz de que por morte de ma May que Dz thenha em gloria, não era nesesario fazer partilhas nem sorte aoz orfaonz, que estas so se fazem quando oz beis do cazal cresem daz dividaz que elle deve mas se estes não não cheguavão mas ainda erão tão lemitadoz que seria vergonha fazerse partilha como avia eu de cuidar em tal ja que foi Dz servido que nenhum de noz tivese legitima de Pay nem de May a, não sendo a nossa caza daz que menos thenha grasas ao sro, na noza terra, mas he tão grande, o animo com que me acho, e a confiansa que thenho em Dz, suposto o meu pouco meresimto que não desconfio inda de que me ha de secorrer, e lenbrarsse da orfande de maz Irmanz que mtoz nasem, sem couza alguma, e vem a ter mto



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