Representação em facsímile
1735. Carta não-autógrafa de Joana para o seu irmão, António José Cogominho, fiscal da Intendência das Minas de Sabará.
Autor(es)
Joana
Destinatário(s)
António José Cogominho
Resumo
A autora, viúva e mãe de 12 filhos, queixa-se ao irmão das suas dívidas e pede-lhe ajuda.
despois q deos levo quem Ds tem nem de mim nem de
juaquina se tem tirardo doensas asim não sei o q a
trebua; porq a tive agora com huma molina mto
grande e mais doensas q tem tido e veja meu Irmão
os gastos de tudo isto q as vezes me vejo douda se não me
forão animando ja o estivera; porq me vejo com tan
tos embarasos q seponho me porei a servir como dan
tes porq não sei o q ha de ser de mim e destes tristes
filhos porq me vejo molher de quem foi e no trato em
q elle se se trava e agora me vejo desta sorte q so
a vista a podira vm ver; porq se me virar no tem
po em q nos moravamos na Rua de S Pedro matre
tinha eu atão outtro valer porq não tinha os a
chaques que tenho e ter parido doze filhos mas
tudo ponho nas mãos de deos e a nas de vm q pa mi
m não lhe peso senão pa estes filhos porq ja q
estes tios q cá tem lhe não serve de nada porq
foi tal o sor Pedro valladas q lhe escrevendo o sor
Belxior do Rego huma carota q podia fazer cho
rar pa q me prestase tres mil corzado sober hũs
titullos de huma fazenda ofresendo lhe juros q
os mesmos titullos estão empenhados na huma Ir
mandade na guarda q jozeph Pra ja tinha em
penhado em sua vida e como tive carta p do
provedor da menza q mandase destrata o juro
quando não me punha a fazenda na parsa foi
me valer do sor Belxior pa me escerver o dito
a sor Pedro valladas foi tal q nem Respondeu
o sor Belxior; veja vm q irmão este pa