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Maarten Janssen, 2014-

PSCR0446

1629. Bilhete de Manuel Jordão, boticário, para Maria Rodrigues, a Boa Nova.

ResumoO autor lamenta não ser mais favorecido pela destinatária e deseja que as coisas voltem ao que eram antes.
Autor(es) Manuel Jordão
Destinatário(s) Maria Rodrigues            
De Portugal, Lisboa, cárcere da Inquisição
Para Portugal, Lisboa, cárcere da Inquisição
Contexto

Processo relativo a Heitor Teixeira, ex-alcaide do cárcere inquisitorial, acusado de impedir o reto ministério do Santo Ofício. Enquanto alcaide, mostrava "a sua natura" às presas que trabalhavam na cozinha e tinha relações sexuais com uma delas. Numa ocasião dessas, uma das presas ter-lhe-á tirado a chave do cárcere, e as presas acabaram por poder circular na prisão, mesmo após ele ter deixado as suas funções naquela instituição. No meio do processo, interrogaram Isabel da Silva, que também estava presa e sabia destas histórias. Durante o seu testemunho, contou o que se tinha passado entre a sua irmã, Maria Rodrigues, e o ex-alcaide, e deu um papel que lhe tinha sido enviado numa tigela e que continha duas mensagens de Manuel Jordão, outro prisioneiro, uma endereçada a ela e a outra a sua irmã, conhecida também como a Boa Nova. Os escritos não têm a ver com o processo inquisitorial, mas estão nele contidos porque a destinatária testemunhou e porque o autor era outro prisioneiro.

Suporte pedaço de papel; o bilhete foi escrito na margem de uma folha impressa.
Arquivo Arquivo Nacional da Torre do Tombo
Repository Tribunal do Santo Ofício
Fundo Inquisição de Lisboa
Cota arquivística Processo 8115
Fólios 18Ar
Online Facsimile http://digitarq.arquivos.pt/details?id=2308218
Socio-Historical Keywords Maria Teresa Oliveira
Transcrição Mariana Gomes
Revisão principal Maria Teresa Oliveira
Contextualização Mariana Gomes
Modernização Raïssa Gillier
Anotação POS Raïssa Gillier
Data da transcrição2016

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lume dos meus olhos E minha boa nova desta tua alma pareseme que todo o mundo esta contra min porque como me vejo desfavoresido de ti todos me desistimarão E não he mto isto asim porque ate os gatos se levantão comtra mi o como saberas ja mas como o que pasei foi por teu respto E de tua irmã E minha. asim o não semti somte sinto o não te poder ver E suposto que te tenho demtro n alma omde te vejo cada ora folgara de poder ser como damtes mas qem naçeo pa triste não pode ser comtente ora fase o sinal nos ovos pasados dar a reposta teu todo


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