PT | EN | ES

Menu principal


Powered by <TEI:TOK>
Maarten Janssen, 2014-

PSCR1576

[1753]. Carta de António [de Nossa Senhora] da Esperança, frade, para Manuel do Cenáculo, lente de Teologia.

Autor(es) António de Nossa Senhora da Esperança      
Destinatário(s) Manuel do Cenáculo      
In English

Private letter from António [de Nossa Senhora] da Esperança, friar of the Ordem Terceira de São Francisco, to Manuel do Cenáculo, professor of Theology.

The author makes accusations against friar Eusébio de Jesus Maria José, friar Agostinho do Rosário and friar Francisco da Expectação, defending friar Antonio de S. José and explaining what was happening in the convent.

The defendant in this process is the father Antonio de S. José, a native of Estarreja, a professed religious in the Ordem Terceira de São Francisco and Master of the Novices at the Convent Nossa Senhora de Jesus, in Lisbon. He was arrested by the Inquisition in 1754 for "wrongly feeling the determinations and doctrines of the Church". Before his service in Lisbon, the friar António de S. José had been in the Colégio de São Pedro dos Terceiros, in Coimbra, with the same functions. During this time he was accused by other friars, among them the friars Eusébio de Jesus Maria José, friar Agostinho do Rosário and friar Francisco da Expectação. These friars accused him of, during the sacrament of confession, asking them who were the accomplices of their sins and what were the sins of other companions, denying them absolution if they did not reveal this. He also made them repeat outside their confession everything they had said, so that he could denounce their crimes to their superiors and punish them. Not only did he break the sacramental secrecy, as he led the friars to hide their offenses and to have sacrilegious confessions, or simply not to confess to him. When a religious wished to complain to the Holy Office, friar Antonio de S. José did not give him permission and arrested him, forcing him to publicly decay, thus causing the hostility of several friars. However, the situation seems to have been resolved, as it is mentioned in the case that some of those who previously distrusted him eventually decayed and asked for forgiveness. After a complex series of interrogations, it was proved that, in any case, the defendant effectively broke the sacramental secrecy of the confession, and showed ignorance of the apostolic rules on the subject and the edicts of the Holy Office, which the defendant confirmed not knowing. Friar Antonio de S. José was deprived forever of being able to confess in any form, was suspended from the exercise of his orders for three years and sentenced to eight years of exile.

If there is no translation for the letter itself, you may copy the text (while using the view 'Standardization') and paste it to an automatic translator of your choice.

O script do Java parece estar desligado, ou então houve um erro de comunicação. Ligue o script do Java para mais opções de representação.

M R P M Fr Mel do cenaculo

Meu P M estimarei que vP tenha passado com felis saude e tivece festas alegres o q eu julgo pelo contro por cauza da desgraça q succedeo a meu P M dos Noviços confeço ao P que me tem dado bem que cuidar o dezaforo destes maganos mas paciencia façace a vontade de Ds e em elle espero q ha de manifestar a verde; entendo vP sabera o mo-tivo isto não obstante sempre qro contar o que sei pa que vP ponha la algun remedio se ahinda desse cotto não forão ao s offo e dicime o grande talento do Espectação Autor da obra que qdo la estavão ahinda os dois so-cios Euzebio Fr vicente escrevera a Euzebio em q lhe dezia que o P M dos Noviços lhe descobria o sigilo da confição, e q vice o que fazia cujo escrito leo o Espectação, e q o deo ao P Proval actual que então hera custodio e dizen por ca que Fr vicente tambẽ handa metido nisto, e q se comresponde com e-lles individue vP esta couza; outra ha q confeçandoce o gloria com o P M de hũa couza q niguen a sabia o N P Diffor geral q então hera Proval reprehendeo ao gloria dizendo vos fizestes tal couza, e que lhe dice o gloria vP não o podia saber senão do M dos Noviços que me confecei a elle, e ninguẽ mais o dice, e dizendo eu isto mesmo a N P Diffor geral me dice hera mentira, e não lhe lembrava; agora o que succedeo com o Espectação que confeçandoce ao M e dizendolhe q tinha tido hũa raiva a irmão pelo ver es-tar batendo em hũa caixa de tabaco no coro, e o P M que lhe preguntou quem hera esse irmão, e q lhe dice q não lhe podia perguntar porq he-ra perguntar pelo complice o q elle não podia fazer isto não obstante dicelho e q levantandoce da confeição o foi contar a Euzebio, e Agostinho o tal Espectação, e q lhe dicerão elles que hera couza do s offo por per-guntar o cumplice. (como se o ouvece ) e bem sabẽ que couza he complice), e o P M de tarde estando elles todos tres juntos di-ce ao Expectação que lhe dece licença pa saber, e individuar o q lhe tinha ditto na confição, e elle q lha dera, isto me dice a min, e mais que tudo vou ajuntando, e ha de servir pa defeza de meu M e sou mto empenhado no seu credito pois esta perdido, e a gente desta corte dizen o que queren sempre attribuindo a couzas piores outra couza que o Bernardino tinha ditto dentro da conficão que tinha falado com o Euzebio, e o P M ao depois reprehendeo a Euzebio servindoce da confição por cuja cauza fizerão ao Ber-nardino ao s offo mas elle dis que foi fora da confição, e q asin la o dice isto não declara por cauza do segredo mas dis que não fes mal a niguen isto he o que eu sei, mais e o P M que reclusou o Pillar (nem os mortos lhe escapão) porq queria hir denunciar ao P custodio por lhe descubrir o sigilo da confição não sei mais nada so que digo he que isto tudo he cauzado de grande odio q ten ao P M, e a mim me dicerão q se havião de vingar mto bem do M dos Nosviços descompunhono, e diceron-me que o escrever ao corista hera pa o destruir, e deitar a perder testemu-nhas suas, e dezafiarão a Fr Elzeario pa que tamben denunciace ao M dos Noviços se se queria vingar delle ha hũa testemunha e o Espectação e di-ce tambẽ, e dizendo eu a Fr Elzeario ja con segda tenção perguntace ao Espectacão diante de mim, e dice q lhe tinha ditto falace a Fr Euzebio, e fizece o q elle lhe dicece isto ouvi eu peco a vP veja se po-de por algũ remedio se ahinda la não forão, e agora ouvi dizer que ja la estavão feitas as diligas espero vP me o mande dizer, e deme ocazioens em q lhe possa dar gosto, e a meus condiscipos q sejão por seu M Ds gde a vP m ann 29 de Dezbro

De vP Discipo mto amte e obrigado Fr Antonio da Esperança

Fr Izidoro chora hontẽ fui falar esta sentidissimo, e que tem vergonha de sahir fora porq em S vicente gracianos, e fidalgos todos es-tão atonitos com isto, e dizen q são sete q estão em o s offo outros 3. o P Proval Mença e todos estão pelo M dos Noviços, eu Bernardino e Elzeario, aos tres sugeitos como se não estivecem neste convto nem os conhecemos picados sumamte digo mais que Fr Elzeario não quis tal fazer da denuncia antes dice q hera odio q elles tinhão ao P M, e o da caixa de tabaco do Espectação foi Fr vicente, iten tomara que vP vice o dezaforo com que elles handão a rirem e brincarẽ pareceme que estão dezemparados da graça de Ds o sr lhe acuda


Legenda:

ExpandedUnclearDeletedAddedSupplied


Guardar XMLDownload textWordcloudRepresentação em facsímileManuscript line viewPageflow viewVisualização das frases