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Maarten Janssen, 2014-

PSCR0109

1556. Carta de João Velho Galvão para Fernão Pires da Nóbrega, deão da Sé.

Autor(es)

João Velho Galvão      

Destinatario(s)

Fernão Pires da Nóbrega                        

Resumen

O autor dá conta ao destinatário de diversos casos que sucederam no Brasil.
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Ao muy Rdo sor ho sor Fernão Pyz da nobre ga adayam na se des ta cydade ẽ lysboa ẽ ca sa do sor bpo do brasyll ho sor meu cõpadre sor cõpadre

despois d o sor bpo he vm serẽ partydos chegou a esta cydade navyo de ao de tores o quall tyvemos novas q não havya de vir gor nẽ navyo dellRey pa ca sẽ prymeyro ser chegado ho sor bpo q he ja ho q todos os do povo desejavam he asym ho Rogavam he pedyam ao sor ds he todos tẽ pa sy por hos tẽpos q ca cursaram q chegareis ao Reyno meado agosto que verya ho sor ds ouvyr os pequenos e allgũa parte dos gramdes pecolhe sor cõpadre q me espreva da vyagẽ he chegada ha lysboa he do q la pasa tudo largamte porq hasym ho farey eu de ca. Tamto q sor bpo se partyo day ha obra de oyto dias pouco mays ou menos descobryo ho padre mestre esco[la] hũa carta q daquy espreveo o cabydo ao cardeall, a quall carta dyz q levou daquy manoell corea outra pa ellRey he q portugall falam do manoell corea o mestre escola q lhe dyxe manoell corea q levava hũas cartas do sor bpo he cabydo -s- hũa pa ellRey e outra pa o cardeall he q deu a do cardeall ao padre mestre escola pa q lha dese e a dellRey q hele manoell corea ha darya he o padre mestre escola tomara a carta do cardeall he vemdo q o cabydo lhe não esprevya nẽ lhe mãodava dar as cartas q ha a buscara he a não quys dar ao cardeall he a trouxe he despoys de o sor bpo ydo ha amostrou hao ao tysoureyro amto do rego he a xpovam d aguyar e ao padre thro da se e ao mestre da capela he a deu ao gor segũdo me dyxe ho padre vygayro gerall q ho gor lha mostrara. ha quall carta dyz q dyzya q ho gor cõsemtya q desem espadas aos gẽtyos he q sua casa hera couto de bragamtes he tafus he molheres casadas he de dya he de noute harenegavam he brasfemavam de ds he dos seus samtos a quall carta dyzẽ q tornou ha mão do mestre escola he q ha rompera. de q ho gor fez pytysam ao vygayro gerall decraramdo nela as cousas q dele dyzya na carta requerẽdolhe q madase aos padres q nela estavam hasynados q testemunhasẽ he se desdysesẽ ao q hacody eu ao padre vygayro he lhe dyxe q oulhase bẽ este negocyo e q não hobrygase os padres ha testemunharẽ he tambẽ me dyxe symão da gama q lho dyxera de maneyra q ho padre vygayro dyxe q os não havya d obrygar. he pergũtaram se pela pytyçam xpovam d aguyar he amto do Rego he luys baReyros he o mestre escola ho quall to cõfesa trazer a carta e q se lhe abryria no mar e q a não quyzera dar ao cardeall e q ha mostrara as pas q dygo. he tornãodo eu a falar o vygayro me dyxe q o gor ho trazya muy preseguydo q hobrygase os padres a testemunhar. he eu lhe torney ẽtam ha dyzer q se guardase dyso he q não tyvese de ver mays q ds he ellRey q o ca mãodara he ha Repubryca porq estes avya d estar bẽ he lhe avyam de dar ho galardam por fazer justyça e não a vomtade do gor mto mays ha q dyzer neste negoçyo q vm pode allcamsar pelo q lhe merese he temdo ho vygayro esta prova na sua mão ho não quys prẽder pa mãodar Recado ao sor bpo he cardeall he ellRey pa q de la venha q va paguar ha ẽgratydam q tẽ ao sor bpo se lho não esprever o cabydo ou outra allgũa pa porq ja ho cabydo ho tẽ lamsado fora de ẽtrar elles acaby he come a mesa do gor he so o mestre escola habebe vynho a mesa he não tem nhũ areseo do q tẽ feyto porq de tudo lhe fazẽ bom tyralo. tambẽ veo haquy ter hũa nao das q yam pa a ymdea he o padre allvo amtunes pedyo lyçẽça ao vygayro gerall pa se yr nela como de feyto lha deu he se vay pa ymdya. dyxeme o padre vygayro q lhe avya de pedyr as letras pa as mãdar ha ellRey pa prover a conesya. he tambẽ me dyxeram q as deyxava a po rico pa q o provesẽ na conyzya he como eu sey destes negoçyos ha verdade do sor bpo não quero outras letras senão as q ho sor bpo me fyzer merçe he lhe esprevo me queyra fazer merçe de me por esta conysya amto he mo queyra nomear a ellRey esta conysya pa q ellRey o apresemte he SS ho fyrme he eu mãodaRey de ca a SS ho seu q lhe vem da cõfyrmasam quer dro quer açuquar ho q peço ha Vm q neste caso tenha mta vygya he o peça ao sor bpo da sua parte he lhe apresẽte esta pytyçam he do q pasar façao asaber a sora mynha cunhada he peçolhe q não fyque por sua parte ho q eu tambẽ farey ca no q me mãodar. eu he sua comadre beyjamos as mãos ha Vm duas myll vezes he fycamos de seude rogando ao sor ds q hajude ha Vm he lhe bõns despachos nos seus negoçyos he nosos desta cydade do salvador aos oyto d agosto de JbcLbj anos

de seu cõpadre he servydor Jom velho gallvam


Leyenda:

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