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Maarten Janssen, 2014-
Resumo | O autor conta à mulher que o querem envolver em intrigas. |
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Autor(es) | Joaquim David dos Santos |
Destinatário(s) | Catarina Maria |
De | S.l. |
Para | Portugal, Lisboa, Rua da Barroca nº 73 1º andar |
Contexto | Na margem esquerda, encontra-se ainda uma anotação referente à carta com o seguinte texto (transcrição normalizada): "Este Documento só prova que Joaquim David era ingrato, e sua Mulher, e por esta má qualidade deu ela ao Réu as Cartas: à vista disto, quem duvidará que esta tal Catarina está mancomunada com o Réu? Qual seria a viúva honesta que desse as Cartas particulares de seu Marido para se juntarem a Autos que lhe não pertencem?". Miguel José Francisco, porta-voz da sua mulher, Maria Águeda da Encarnação, moradores na Travessa das Salgadeiras, disse que Pedro António da Silva, padeiro e dono de uma fábrica, difamou Maria Águeda repetidas vezes, inventando "vergonhosos procedimentos" que ofenderiam a honra de tal mulher, bem como do marido. Determinou-se que, em 24 horas, Pedro António da Silva deveria assinar um termo de bem viver, e não ofender nem falar, de maneira alguma, a Maria Águeda, marido e restante família. Caso não o fizesse teria de pagar 200 mil réis para obra e ser degredado por 4 anos para África. Pedro António defendeu-se dizendo que Maria Águeda era dada a mexericos e a intrigas entre os vizinhos. Acrescentou que o marido de Maria Águeda tinha inveja dele, pelo facto de o negócio de padeiro estar a correr bem. Tudo o que dissera acerca de Maria Águeda não era mais nem menos o que ela própria dizia à janela, para a vizinhança. Maria Águeda, no entanto, afirmou que o réu chegou a ir a casa de Joaquina Rosa, amiga dela, para lhe pedir que aliciasse Maria Águeda a marcar um encontro íntimo em casa de Joaquina, servindo esta de alcoviteira. Para este fim ofereceu-lhe dinheiro, mas Joaquina recusou. A autora acusou-o ainda de ser difamada pelo réu, ao dizer que ela estava envolvida com um capataz. Consta do processo que a maioria das testemunhas confessou ter sido comprada pelo autor, coisa que o réu procurou provar ao entregar as cinco cartas inclusas no processo. |
Arquivo | Arquivo Nacional da Torre do Tombo |
Repository | Casa da Suplicação |
Fundo | Feitos Findos, Processos-Crime |
Cota arquivística | Letra P, Maço 1, Número 26, Caixa 3, Caderno [1] |
Fólios | 223r |
Transcrição | Leonor Tavares |
Revisão principal | Rita Marquilhas |
Contextualização | Leonor Tavares |
Modernização | Liliana Romão Teles |
Anotação POS | Clara Pinto, Catarina Carvalheiro |
Data da transcrição | 2007 |
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