O autor tece fortes críticas ao destinatário por ele não se ter escondido, livrando a sua honra.
| [1] |
mais leitura que a que lhe escrevi e o q lhe escrevo
|
|---|
| [2] |
q quer dizer carta sinples ha mister mais q ma pa
|
|---|
| [3] |
lavra q dizer q se va ver a dona ma a sevilha que
|
|---|
| [4] |
mais ha mister an de lhe dizer guardate q te quero ma
|
|---|
| [5] |
tar se hai dar este avizo bõ he mas v m foi tão vir
|
|---|
| [6] |
turozo q o teve e não quer Cudar q lhe bate noso
|
|---|
| [7] |
sor a porta pa se hir e que mais clareza ha mister q
|
|---|
| [8] |
isto e de mais diso não basta que os traidores diserão
|
|---|
| [9] |
mal que remedio tem iso se não irse cõ jhs q va cõ
|
|---|
| [10] |
ele e não olhae senão q vai pedindo q ds não lhe
|
|---|
| [11] |
a de faltar nem se fie de sua molher por mais q lhe di
|
|---|
| [12] |
ga e de mais diso se v m lhe pareser que he mais hon
|
|---|
| [13] |
ra prendeireino q não fogir fasa o q lhe pareser
|
|---|
| [14] |
bem que iso não he senão comselho de sua mo
|
|---|
| [15] |
lher v m deve ser hũ so no mundo e asim como
|
|---|
| [16] |
v m he hũ sor de mta fazenda quando la forem lhe
|
|---|
| [17] |
an de dar avizo em q diguão gardaivos q vos vou
|
|---|
| [18] |
buscar e asim desa maneira pode estar em sua caza
|
|---|
| [19] |
pobre de quem perdeo a mai dos filhos cõ o sobresalto q
|
|---|
| [20] |
teve de lhe darem o avizo q dlhe derão pa v m e v m
|
|---|
| [21] |
com tanto descanso escreveme hũa carta tão fora
|
|---|
| [22] |
de propozito q não ha pesoa q lhe não cuspa na
|
|---|
| [23] |
cara q homẽ hai q escreva o q v m escreveo hai
|
|---|
| [24] |
quem tal escreva se não louvar ao sor por tão
|
|---|
| [25] |
grande bem como lhe vejo ja lhe tenho dito o q lhe cõ
|
|---|
| [26] |
vem v m fasa o q lhe pareser bem q eu dezemcarego
|
|---|
| [27] |
minha comsiensia e digo q da parte de são pedro e pau
|
|---|
| [28] |
lo se va mto embora e não queira q nos percamos to
|
|---|
| [29] |
dos q este mal he pior q peste e bastava levarme ds
|
|---|
| [30] |
a sua boa amiga mai de meus filhos veja v m qual
|
|---|
| [31] |
eu poso estar e asim digo q me acuda ds q pode o ldo
|
|---|
| [32] |
esta mto emfadado cõ a sua carta de v m e ver o q v m es
|
|---|
| [33] |
creve de parvoises sendo homẽ de intidimento a ds
|
|---|
| [34] |
q o gde lisboa oje 15 de Junho 627
V
|
|---|
