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Maarten Janssen, 2014-

Linhas do facsímile

1821. Cópia de carta de Francisco José dos Santos para Anselmo Pereira, salteador.

ResumoO autor escreve ao ladrão Anselmo Pereira, ameaçando-o caso não lhe envie dinheiro.
Autor(es) Francisco José dos Santos
Destinatário(s) Anselmo Pereira            
De S.l.
Para S.l.
Contexto

José Inácio de Oliveira, procurador de causas, de alcunha o Cação, é acusado, junto com Ana Maria, de ter dado uma bofetada em Joaquina Teresa de Jesus. Ana Maria é uma das três «mancebas» com quem vive e tem «as mais particulares relações», suspeitando-se de que fizesse com elas «um comércio torpe». Esta carta, embora se encontrasse na posse do réu, é dirigida a Anselmo Pereira, líder de uma quadrilha de ladrões. Anselmo Pereira diz não ter conhecimento da carta nem do remetente, sendo extremamente breve nas suas respostas. Francisco José dos Santos também é muito lacónico no interrogatório que lhe é feito e diz desconhecer a carta e os outros envolvidos no processo.Trata-se de um processo muito volumoso.

Suporte quarto de folha de papel não dobrada, escrita na frente e no verso.
Arquivo Arquivo Nacional da Torre do Tombo
Repository Casa da Suplicação
Fundo Feitos Findos, Processos-Crime
Cota arquivística Letra J, Maço 280, Número 5, Caixa 718, Caderno [2]
Fólios 13r-v
Transcrição José Pedro Ferreira
Revisão principal Rita Marquilhas
Contextualização José Pedro Ferreira
Modernização Liliana Romão Teles
Data da transcrição2007

Page 13r > 13v

[1]
Senhor Anselmo - ( Braga - )

Estimo muito

[2]
a sua boa saude juntamente como lhe deze
[3]
jo. Amigo, e senhor a minha necessidade me
[4]
obriga, porque a minha prizão ja vai sen
[5]
do muito demorada, pois vm bem sabe que me tirarao quanto dinheiro eu tinha,
[6]
pois sabendo eu que v m tem dinheiro
[7]
e ainda aqui não veio ver-me, eu tento
[8]
desculpa-lo em tudo porque me pergunta
[9]
rão todos quem erão os que estavão no se
[10]
nhor d Alem, pois talves agora eu os ma
[11]
nifestaria quem elles erao quando vossa
[12]
Merce me não mande nove mil e seiscentos
[13]
reis, farei o que me parecer, porque o que
[14]
lhe pesso não lhe faz falta, e eu tenho mui
[15]
ta necessidade, e quando me não remeta
[16]
ate Quinta feira tomarei o meu parecer

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