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Maarten Janssen, 2014-

Linhas do facsímile

1823. Cópia de carta de Inácio José Brilhante, marchante, para seu irmão Francisco Brilhante, marchante.

ResumoO autor dá contas ao irmão das diligências que tomou em relação a uns arrendamentos.
Autor(es) Inácio José Brilhante
Destinatário(s) Francisco Brilhante            
De Portugal, Santarém
Para Portugal, Lisboa, Rua dos Fanqueiros
Contexto

Inácio José Brilhante acusou os seus irmãos mais novos, João Brilante e Francisco Brilhante, de terem roubado de uma quinta, na noite de 14 de abril de 1823, 41 cabeças de um gado bovino seu. Além do gado, teriam roubado 256 couros de boi, 191 peles de carneiro e 40 arrobas de lã. No entanto, o processo revelou-se muito mais complexo, já que os réus afirmaram que o gado era deles, bem como o negócio da marchanteria, sendo Inácio José apenas administrador. Este defendeu-se dizendo que era curador dos dois irmãos. As cartas aqui transcritas serviram de prova tanto para a acusação como para a defesa: a acusação afirmou que foram escritas quando os três ainda se relacionavam harmoniosamente, por isso nada provariam, nem confeririam títulos de propriedade. A defesa, por seu lado, alegou que nas cartas era notório que Inácio era um simples administrador das terras dos réus. O processo, que tem 375 fólios, durou de 1823 a 1825.

Arquivo Arquivo Nacional da Torre do Tombo
Repository Casa da Suplicação
Fundo Feitos Findos, Processos-Crime
Cota arquivística Letra F, Maço 12, Número 18, Caixa 28, Caderno 1
Fólios 48r-v
Socio-Historical Keywords Rita Marquilhas
Transcrição Ana Rita Guilherme
Revisão principal Rita Marquilhas
Contextualização Ana Rita Guilherme
Data da transcrição2007

Page 48r

[1]
Francisco Santarem dezanove de Junho de mil oitocentos vinte e tres

Hoje não Recebi carta tua o que me da cuidado

[2]
e que queira Deos não Seja por falta de Saude que o
[3]
mais tudo vai bem. Ora esta serve de te dizer que
[4]
vendo o grande empenho, que tu e João fazião aqui nos A
[5]
ssogues, e que mandandolhe eu dizer o
[6]
que devião fazer para esse fim o não fizeram
[7]
tomei a deliberação de falar a Joze Joaquim Fer
[8]
reira para que lho fosse arematar, e Manoel Doar
[9]
te para fiador a que ambos se pronteficarão, e com
[10]
efeito esta efetuado o tal negocio, tres Mezes a
[11]
sincoenta e sinco reis; e nove a secenta reis e isto
[12]
da maneira seguinte aparesseo João Manoel furioza
[13]
mente picando o Ferreira vendo isto se combinou
[14]
com elle ficarem as semanas, a fim de que nem
[15]
hum nem outro podesse perder muito o ganhar
[16]
muito e porque dis estas são as suas vistas ex o
[17]
motivo por que se combinou na forma assima dita
[18]
no entanto podes avizar João para que fique serto
[19]
nisto Eu amanham vou para Evora adonde espe
[20]
ro receber noticias tuas, e ficar na serteza do teu estado
[21]
e livre de cuidado em que vou pela falta das
[22]
tuas noticias, e athe hoje he o que se ofresse dizer
[23]
te;

[24]
e sou teu Irmão que te estima
[25]
Ignacio

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