O autor descreve o que passou quando esteve preso pela Inquisição, lamentando que se dê crédito a confissões voluntárias e pedindo ajuda para se livrar de penitências em Portugal.
[1] | pudera prevaleser mais a evidencia das obras q
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[2] | mtos mostrarão sempre tão encontradas ao q se lhe
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[3] | imputa e pudera ser maior huã enformasão q
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[4] | primra se tirasse não de todos mas de algums
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[5] | e vio estado e predicamto o pede, do q a asser
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[6] | são e tistimunhos daquelles q por cauza do
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[7] | lugar do tempo, e das ansias en q agonizão
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[8] | he creivel que por se livrarem delle farão
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[9] | o q a enponensia tem mostrado, e nestas mate-
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[10] | rias a prizão somte chega a ser a maior pte
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[11] | do descredito, e os Doutores asentão q a não
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[12] | pode aver nestes crimes senão com quasi a
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[13] | mesma prova q he neccessaria pa conven
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[14] | ser. e huã das couzas q me confunde o enten-
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[15] | dimto e q tendo lido tanto nos direitos como
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[16] | aquelle q se tem cansado nelles mais, he que
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[17] | a maior pte daquelles penitensiados vai con
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[18] | fescar vuluntariamte e nas confisois q fazem
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[19] | mostrão com evidensia q não podião ser
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[20] | judeos, e q o fazem timore carceris aut tor
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[21] | menti foneri e por se verem fora de traba-
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[22] | lhos; Porq, sendo perguntados em
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[23] | q Ds crião dizem q em Moizes; e q ora
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[24] | sois rezavão dizem q todas as da igreja
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[25] | catholica singularizandoas, e assi digo
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[26] | eu se elles forão verdadramte judeos
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[27] | assi como confessão spontaneamte q
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[28] | o forão tambem avião mostrar nas
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[29] | confissois q erão judaicas, mas di
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[30] | zerem nellas couzas tão encontradas
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