A autora tenta sossegar e aconselhar o destinatário, seu filho, prisioneiro da Inquisição.
[1] | Ja velho, quanto ao mais eu não sei mais do que vos tenho escrito
|
---|
[2] | quẽ a de descobrir esse segredo q nẽ podem abrir a boca assi me
|
---|
[3] | Ds deixe viver como eu desejo, q não se diz outra Couza; com este
|
---|
[4] | vai o esCrito do padre q me esCreveo q me esCreveo; Ja vos disse
|
---|
[5] | que não faleis na chiqua perq ainda q lhe fizessem medos q tinha
|
---|
[6] | Lá mãi e Irmãs, e tias, e todas falarão, della não, e per isso
|
---|
[7] | contudo he custume, assi torno a dizer q vos não agasteis.
|
---|
[8] | esCrevei ao padre en Latim q vos saiba d algũa boa nova, eu
|
---|
[9] | lhe disse q tinheis hũs versos pera ele, não sei perq não mandais
|
---|
[10] | o fosil, e o Livro não podera; quinta fra vos mandey hũ atado
|
---|
[11] | de fartes, e bisqoitinhos de pouco d aásucare, ainda q duros, hão de
|
---|
[12] | amoleçer ella manda pedir dosse pa vos vos não me esCreveis
|
---|
[13] | se vos deu o outro tambem diz q vos manda cada dia de sua Custa
|
---|
[14] | azeite pa a candea se he assi mandaloei. se aveis de esCrever
|
---|
[15] | ao padre seja logo pa mandar reposta, torno ao preposito
|
---|
[16] | quẽ tem q dizer não tem trabalho, mais quem não tem q fara;
|
---|
[17] | vos não tendes mais q falar despois per falar mto q estais ahi
|
---|
[18] | per onde não sei detreminar Lembrevos se em malaca tivestes
|
---|
[19] | algũa
|
---|