A autora interroga-se sobre se o filho estará a receber todas as encomendas que ela lhe manda diariamente para a prisão.
[1] | dezaseis do mes dia de são Lazaro, não tem vindo qua, e
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[2] | rogailhe mto q venha qua mtas vezes. per elle vos mandei duas
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[3] | Laranjas doçes, e Rozas, e não sei quantos fartes tudo isto
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[4] | dentro em hũ Lenço encrespado, e tambem vos mandei.
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[5] | o Rollo da Cera q pedistes, e de tudo isto me não esCrevestes
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[6] | arreçeo q vos não dem nada, esCreveime de tudo o que vos
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[7] | dão; desta vez vos mandei hum Livro q pedistes dentro
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[8] | nũ saco de çetim preto velho, e tambem hum LençoL, e hũa
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[9] | pouca de conserva Rallada, e duas Laranjas doçes, e hũa
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[10] | talhada de marmellada de portugal, e tudo isto em hum
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[11] | guardanapo per abainhar. desejo mto de saber se vos derão
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[12] | tudo por amor do Livro, as mechas, e isca nẽ disto me esCre
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[13] | vestes per ora não digo mais q estar esperando pella outra
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[14] | Reposta Nosso sor ettc
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