O autor mostra-se arrependido de, no passado, não ter tratado a mãe como ela mereceria. Gaba a letra com que lhe tem escrito e pede que lhe mande vinho para a prisão, o que o ajuda a esquecer e a dormir. Recomenda muito segredo em relação à correspondência entre os dois.
[1] | pareçe q veo a salvo. De ter Laa os meus dous q forão em reposta
|
---|
[2] | dos seus dous folguei mto, E mto mais per me dizer, q forão bem atados,
|
---|
[3] | assi forão sempre todos. Juntamte Reçebi tres pedaçinhos de pan-
|
---|
[4] | dolo, e hũa talhada de marmellada comprida q pareçia figo
|
---|
[5] | passado, nũ Lençinho atado, contudo folguei mto perq veo a mto
|
---|
[6] | bom tempo. os seus Leo tam bem q se pode escuzar toda a outra
|
---|
[7] | Letra, e tão depressa q Logo entendo tudo de q dou graças
|
---|
[8] | a Ds per a boa disposição de VM perq nunca lhe vi tão boa
|
---|
[9] | Letra. Acrescentelhe sempre Ds todos os bens do çeo. e da te-
|
---|
[10] | rra. eu não digo q não ei de pedir mais nada, perq se eu
|
---|
[11] | não tenho outro bem neste mundo senão a VM a quẽ ey de
|
---|
[12] | pedir senão a quem deseja darme o coração como sempre
|
---|
[13] | vi
|
---|