Uma mulher conta ao destinatário, preso em Elvas e seu antigo amante, como padeceu ao longo de uma viagem.
[1] | sim q corosponderes a cousa me mandes logo dizer não
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[2] | me
escrevas sem outro me mandar outra carta po
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[3] | te mandares dizer en q prizão fico mais sinto
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[4] | é não poder ficar numa sala tudo por não ter
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dinheiro pa a pagar asim irei pa as enxovias
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[6] | pa xorar mais a minha desgraça mais do q tenho
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[7] | xorado se falares
com algũa pessoa da ma terra
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[8] | não lhe digas as minhas enfiliçidades pa não ir os ovidos da ma
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[9] | familia por não lhe dar mais
desgosto do q ten
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[10] | nho tido com isto te não enfado mais desta tu
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a l Luzia q a
vida te dou
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[12] | ja pa minha consolacão joaqm só o q te peso q fa
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[13] | sas algumas pessoas mentirozas q me
dezião q i
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[14] | marxando dessa sidade q avias de fazer pior
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[15] | do q tens
feito asim so o q te
peso é q te lenbres
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[16] | do q te mando dizer aseita este coracão sa
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[17] | udozo
xeio de tristeza pa mim nada a i de con
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[18] | solação
depois q marxei dessa sidade inda os
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[19] | meos olhos se não enxugarão de me ver tão desgr
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[20] | açada e lonje da ma
familia q me
parese q ja
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[21] | não a ei de ver com o mesmo gosto q a via aDs a
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[22] | te a prima vista
Luzia Bella do Carmo
ainda espero en Ds de te ver e de te dar 1 abra
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[23] | co aDs Ds dá saudades A anna q mora defrontes
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[24] | Saudades o Silverio q não me quis falar qdo vin dessa sidade
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[25] | as
mas pa conto só a vista terão fim
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