Maria Jacinta escreve à mãe e fala-lhe sobre Deus e sobre a sua mestra, Rosa Maria Egipcíaca.
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Minha May e Snra
estimarei q estas limitadas
regra
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s axhem a vme asistida di perfeita saude em
companhia
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de Meu Pay e Snor e de toda a nobre caza
pa disporem da ma
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q o prezente he boa seja Ds louvado
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Minha
May e Snra prostrada vou a seus
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pes buscando o perdão das
desobidiensias e rebeldeas q lhe fis pi
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dindolhe
pelo amor de Ds
q mi perdoe e mi deite a sua bensão e me
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alevante esta maldisão
soposto q
vmes ma não deitarão tenho a
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de Ds pois
qm comete tais disobidiensias contra seus pais não
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merese
perdão senão castigo eterno mais espero na bondade de Ds
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de vmes e na mizericordia de Ds
q me an de perduar ainda q não
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mereso o perdão
Ds me a de valer porq ele não dispreza os
pe
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cadores ou q se ele disprezara aonde estaria podbre de mim
sepul
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tada nos abismos do inferno penando pa sempre sem ter de
qm
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me valese nen de Ds nem da virgem maria para aonde se
viraria
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a minha pobre alma sem ter abrigo nenhum ou triste de mim
q
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não sei cunheser tão grande bem q por valia de Minha May
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Snra Roza he q axemos este tão grande bem senão
q seria de mi
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m se estivese la nu seclu talves q
Ja estivese na tera da verda
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da ai q contas daria da minha tão
estragada vida mais ainda
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mi dei por mal afortunada q dipois de
ca estar creria tornar a sair
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ai triste de mim se saise outra ves aonde estaria
Ja penando
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sem remedio e não sei dar as grasas a Ds por ter os
pais q tenho q
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os milhares de linguas q ão nu mundo não saberão esplicar
este
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tão grande misterio e tão imefaveis grandezas q noso senhor
lhe
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a de pagar o bem q me fes de m trazer pa este santo
colegJo
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