O capelão António Xavier de Sousa denuncia a conduta imprópria do padre António Mendes ao comissário do Santo Ofício Lourenço José de Queirós Coimbra.
[1] | que
imaginaria, e illuzoria; e havendo couzas spirituais, mys-
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[2] | turadas Com temporais Com dependencia Como não pode
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[3] | haver Symonia? e ser o contracto Licitto;
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[5] | e as Symonias nesta
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[6] | freiguezia
são tão continuas, que ja pello costume se
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[7] | tem por Licittas e honestas; não se faz baptismo neste
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[8] | aRaial que o batizante pro não Receba de cada padri-
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[9] | nho huã
8a de ouro; e as bellas; e se lhe falta alguã couza
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[10] | se não faz o baptizado.
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[11] | os baptizados por este Certão, os clerigos
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[12] | que vão o desobrigã; pella pra legoa, se vão
a 8 pattação, e pellas
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[13] | mais a 6 e se não ajustão a conta não baptizão; porque
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[14] | dezem ser esta ordẽ do vigaro
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[16] | No Anno de Sincoenta te
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[17] | ve Anto Mendes o
Santisso exposto na Iga de Sta Anna,
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[18] | quarenta dias, com outras tantas noites.
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[20] | No mesmo Anno es-
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[21] | tando hũ clerigo na Iga de
Sta Anna, por nome Bento
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[22] | de Barros fazendo doutrina a huns negros, lhe porguntara
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[23] | que estava naquellas particulas, que saltavão da hostia qdo
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[24] | o sacerdotte a
partia; e respondendo, que o corpo de christo, os
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[25] | Reprehendeo o do clerigo, dizendo erão so Reliquias sagradas,
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[26] | e ouvindo isto o Dr Ignacio Mel Medico
de profissão hoje
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[27] | mor no Rio de Janro foi ter com o do Pe o advertio, q visse
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[28] | o que dezia, q era huã horezia,
levantou o do Pe e acodio
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[29] | Anto Mendes, e descompos o do Medico, dizendo lhe se não met
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