A autora acusa Frei Matias Pereira de ter aproveitado a sua confissão para uma agressão sexual.
[1] | so pena de escumunham e me dise q dese conta em confisão
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[2] | ao meu parocho escrevendo esta carta a Vmes asĩ o fis
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[3] | e lhe dei esta carta pedindolhe mto que como meu pastor ma
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[4] | encaminhase a esse tribunal cõ todo o segredo q comvem
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[5] | porq eu não poso nem por rezão de meu estado e qualida
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[6] | de e de meos maiores poderei Remediarme doutra manra
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[7] | pelo risco a q me pexem e tudo o q aqui diguo de mi-
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[8] | nha letra e sinal afirmo e juro pelo juramento dos
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[9] | santos evangelhos como se nese tribunal me fose dado
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[10] | Vmes serão servidos aver respeito a estas rezois e se hei em
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[11] | corrido em algũa excumunhão por esta mesma via
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[12] | espero o Remedio de minha alma pois esse tribunal
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[13] | he de justisa e de justisa de miziricordia escrita em
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[14] | aldeia gualegua de ribatejo em vinte e sete de marso de seis
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[15] | sentos e setenta e tres annos e este delite não foi come
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[16] | tido mais q hũa ves
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[17] | Eu Maria de ssa
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