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Maarten Janssen, 2014-

Linhas do facsímile

1833. Carta de Vicente António da Silva Correia, brigadeiro e fidalgo, para António Anacleto de Seara, tenente coronel de engenharia.

ResumoO autor combina um subterfúgio com o seu destinatário.
Autor(es) Vicente António da Silva Correia
Destinatário(s) António Anacleto de Seara            
De S.l.
Para S.l.
Contexto

Vicente António da Silva Correia foi acusado de trocar correspondência com os liberais durante a Guerra Civil. Entre eles, estaria João Lobo de Castro Pimentel, da Vila de Estremoz, ex-coronel de cavalaria. O réu espalharia notícias "aterradoras", anunciando como certa a entrada do exército "usurpador" em Lisboa. Ter-se-ia dedicado a tirar a planta das linhas de defesa de Lisboa para a enviar aos liberais. Aquando da busca à casa de Vicente António da Silva Correia, foram encontrados papéis e objetos: uma portaria do Ministério da Guerra, assinada pelo Conde Rio Pardo, uma carta de Joaquim Rodrigues Mira, um ofício da Câmara da Vila de Estremoz, uma carta do tenente coronel António Anacleto de Seara, tudo dirigido ao réu. Havia também uma participação dirigida ao comandante do Depósito de Alcântara para ali serem apresentados dois cavalos pertencentes ao réu, bem como um bilhete do réu para Seara. Além dos papéis, encontrou-se também, dentro de uma gaveta, embrulhado em papel, um laço azul e encarnado. Sendo-lhe perguntado se conhecia António Anacleto de Seara e João Lobo de Castro Pimentel, Vicente António da Silva Correia respondeu que mantinha relações íntimas de amizade com os sobreditos; com o primeiro, por ter sido seu discípulo, por o ter proposto para Lente da Academia Real de Fortificação e por ser seu colega e camarada; com o segundo, por ser seu patrício.

Suporte um quarto de folha de papel não dobrado escrito no rosto do primeiro fólio
Arquivo Arquivo Nacional da Torre do Tombo
Repository Casa da Suplicação
Fundo Feitos Findos, Processos-Crime
Cota arquivística Letra A, Maço 6, Número 12, Caixa 17, Caderno 1
Fólios 6[r]
Transcrição Leonor Tavares
Revisão principal Rita Marquilhas
Contextualização Leonor Tavares
Modernização Catarina Carvalheiro
Anotação POS Clara Pinto, Catarina Carvalheiro
Data da transcrição2007

Page 6r

[1]
Illmo
[2]
Ao do C

Aqui vierão avizar-me pa aprezentar o Cavo q tiver: eu não estava

[3]
em Caza; porem Maria dice q não era meu; mas sim de VSa assim o C Eu
[4]
o puz fora da Caza; e por isso se Ca vierem digo q o mandei a seu dono q he VSa; e se
[5]
la forem pode dizer-lhe q o vendeo a hum homem q la lho foi comprar.

[6]
Seu Ao Obrgdo V A Correã

PS

[7]
Eu tinha sahido a Cavallo nelle ,
[8]
e agora acho em Caza esta nota

[9]

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