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Maarten Janssen, 2014-

Linhas do facsímile

1822. Carta de João da Mata, que assinava Francisco Carvoeiro, para Manuel da Costa, feitor do grão.

ResumoO autor insiste em extorquir ao destinatário, sob ameaça, a quantia de catorze moedas em metal.
Autor(es) João da Mata
Destinatário(s) Manuel da Costa            
De Portugal, Lisboa
Para Portugal, Santarém, Almeirim
Contexto

Este processo está junto a um outro de 1823 por dizerem ambos respeito ao mesmo réu, João da Mata. Os outros réus são Pedro Correia e António José de Lima. O grupo escrevia cartas de ameaça para extorquir dinheiro com o qual pretendia pagar a libertação da prisão. As cartas foram entregues à Polícia por Manuel da Costa, uma das vítimas. A forma de extorsão que esta carta documenta (e outras mais de igual teor) representa uma prática que se tornou característica da cadeia do Limoeiro no primeiro quartel de Oitocentos e cuja amplitude em muito beneficiou da instabilidade política e social associada aos primeiros anos do Liberalismo e da ambiência generalizada de vulnerabilidade e suspeição. A presente carta é da mesma mão das assinadas por Pedro Correia e João Almirante. V. CARDS7083 e CARDS7084.

Suporte meia folha de papel dobrada escrita nas duas primeiras faces e com sobrescrito na última.
Arquivo Arquivo Nacional da Torre do Tombo
Repository Casa da Suplicação
Fundo Feitos Findos, Processos-Crime
Cota arquivística Letra J, Maço 240, Número 7, Caixa 623, Caderno 3
Fólios 9r-10v
Transcrição Ana Rita Guilherme
Revisão principal Rita Marquilhas
Contextualização Ana Rita Guilherme
Modernização sandra Antunes
Anotação POS Clara Pinto, Catarina Carvalheiro
Data da transcrição2007

Page 9r > 9v

[1]
1822

Não sei q futuro he o seu a Respei

[2]
to de tres Cartas q eu tenho Man
[3]
dada e sem ter resposta a Respeito
[4]
das 14 moedas q eu lhe pesso, eu ju
[5]
ro a tudo Quanto sagrada q hei
[6]
de abrazar os seus bens com fogo e a
[7]
sua Caza hei de hir fazer hum Vi
[8]
zita pois ahinda mto homem
[9]
solto e todo os dias estão sahindo
[10]
do Limoheiro, eu Quero segredo
[11]
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[12]
dado despois não se quexa, asim q
[13]
reçeba esta logo manda este dinro
[14]
por hum portador remetido ao hos
[15]
pital da Santa Clara de Lisboa na
[16]
2a Emfermaria entregue ao João
[17]
da Matta prezo da Galléa ha de re
[18]
ceber huma Carta com o sinal egu
[19]
al a esta

Deste seu Criado
[20]
Franco

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