Carta de Fernão Dias ao seu pai Diogo Dias, mercador em Tavira, em que lhe dá conta da sua chegada à Flandres e do acolhimento que teve.
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q se soube como hestyvera nesta vylla
manoell e do bõ avya
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[2] | mẽto
q lho qua derão ẽ lhe cõprarem trygo podre e
coamdo outra
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[3] | vez ouv de mãdar ẽcaregar seu
fo sega a omes e não a
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[4] | rapazes
q se não cõtemtão senão cõ tudo e ysto lhe
mãdo dyzer po
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q sayba a quẽ ẽcarega sua fazẽda
q se outro dya aquy
ou
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[6] | v de mãdar fazẽda não ay ao presẽte omẽ
da nacão de quẽ mays
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[7] | se deva de fyar q he
crystõvão garçya ou a ãto
Lopez
fo de pero
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[8] | lopez
poq ayda
q hesta doẽte tẽ dous cunhados muito bos omes e
hele ja
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[9] | fyqua muyto bõ e nos outros todos fycamos ao presẽte ẽ sua casa
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q nos não ha querydo deyxar yr fora e todos alugamos
huãs ca
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[11] | sas grãdes para nos mudarmos
sõr nã ay mays q
hscrev so
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[12] | mẽte q
ẽcomẽdarvosmonos eu e mynha molher ẽ vosa bẽcão
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[13] | e na da
sõra mynha may e asỹ ẽ grasa de meos yrmos e
yrmãs
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[14] | e asỹ ẽ bẽcão de meos tyos e tyas e de meu dono se for vyvo e asỹ ẽ
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mçe de meus primos e primas mynha molher se mãda
ẽcomẽdar
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[16] | ẽ mçe da
sõra mynha tya e de gyomar e de
dio e d estevão a
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fernã royz me ẽcomẽde muyto e
q hey muyto grãde saudade dele e
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q
cateryna royz lhe mãda muytas ẽcomẽdas
rogo vos q me hescreva
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[19] | de cateryna
vaz e de toda sua gẽte de como hestão ou o
q feyto de
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[20] | les a fernã
diaz me ẽcomẽde e a sõra sua molher e
fa não hes
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[21] | quesa a vosa mçe de dar a
po luys e a seos
fos minhas ẽcomẽ
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[22] | das e de lhe
dyzer q como seu fo
hesta muyto bõ ds sega louva
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[23] | do não dygo
mays somẽte q
ds sega cõ todos.
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obediẽte fo voso
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fernã dyaz
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