O autor dá instruções ao destinatário sobre uma penhora de bens como forma de obter as quantias de dinheiro de que necessita.
[1] | Amo e Snr Rce a sua q mto estimarei; e vejo o q me diz
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[2] | a respto da pinhora; acho tudo mto acertado; mas lem
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[3] | bro-lhe somte q os generos q pinhorou não podem che
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[4] | gar pa pagamto da divida, pelo preço actual delles;
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[5] | pois q sendo esta de trezentos mill rs o producto dos ge
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[6] | neros embargados julgo q não chega pa isso; porem
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[7] | o remedio he facil fazendose novva pinhora, no cazo
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[8] | de não chegar. O meu Procurador no Porto, he João
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[9] | Ferra de Nováes Ribro, ao qual escrevo hoje pa q se cor
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[10] | responda com Vmce, se assim for percizo; portanto
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[11] | sendo necessario pode dirigir-se a a elle, e se Vmce poder
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[12] | remeterlhe 2315 em porte da Executoria q elle tirou
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[13] | no Porto, me faz nisso favôr, pois q eu o não posso fa
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[14] | zer por óra pela falta de dinro em q me acho como
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[15] | Vmce bem sabe Se o Corregedor nos fizer ahi alguma
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[16] | injustiça queira Vmce avizar-me logo pa eu me quei
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[17] | xar ao Regedor das Justiças, q he meu Primo Fer
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[18] | nando Afonço Giraldes.
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[19] | Emqto aos Recibos q ma cunhada diz q tem
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[20] | na sua mão pa se lhe abonarem, he uma evidte im
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[21] | postura; pois antes pelo contrariario ella tem de menos
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[22] | dous recibos q eu lhe devia passassar, de vinte mil rs ca
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[23] | da um q remeteu pa aqui ana minha Irmãa pa
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[24] | ella me entregar, como por mtoto favor; e como me não
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