O autor escreve a denunciar Francisco José Rodrigues por conspirar contra o rei.
[1] | Illmo Snr Intende Geral da Policia
A piedade mal entendida, hé um vicio ainda ma
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[2] | is perigoso do que o Rigor, e as virtudes degenérão, eleva
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[3] | das q sejão aos extremos. Por conseqe, perdoar a hum
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[4] | malvado, a hum criminozo d' Alta traição que se a
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[5] | treve a proferir a jactancia de suas proprias maldes he,
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[6] | todavia, animar os outros ao Crime, multiplicando
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[7] | se por este principio o numero dos criminosos, fran
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[8] | queiando-lhes campo pa perpetrarem outros maiores.
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[9] | Hé pois dever d' hum portuguez honrado, amante
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[10] | da Sta Relegião, do seu Augusto Soberano, e não menos
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[11] | dos Compatriotas q o imitão, lembrar a VSa o quão da
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[12] | nosas, e terriveis conseqcias q se seguem da conservação dos
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[13] | malevolos na ordem social, e quão proveitoso se torna
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[14] | rá á mma decipar, ou banir do seu centro estes mons
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[15] | tros de prefidia. Hum filho da perdição, por nome
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[16] | Francisco Jose Roiz, morador na rua Direita da Encar
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[17] | nação n 32, tem perpetrado o horroroso crime de
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[18] | macular a Augusta Pessoa do nosso amado Sobe
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[19] | rano, proferindo contra sua sagrada, e virtuosa
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[20] | Magestade, e familia Real, os mais atrocissimos
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